Páscoa: vendas devem movimentar cerca de R$ 2,5 bilhões

As vendas da Páscoa este ano devem movimentar cerca de R$ 2,5 bilhões. Esse é o terceiro avanço anual das vendas para essa data comemorativa, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC). A previsão de faturamento é de 2,8% acima do ano passado, no entanto ainda abaixo do nível pré-pandemia.

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Segundo o economista da CNC, Fábio Bentes, isso se deve a inflação de alimentos ainda forte no Brasil. Ele avalia ainda que as quantidades importadas de dois produtos típicos da Páscoa, os chocolates e o bacalhau, indicam que o varejo está apostando em uma celebração mais modesta.

De acordo com registros do governo federal, levantados pela CNC, foram importadas 2,7 mil toneladas de chocolates, um volume maior que o do ano passado, mas ainda abaixo das 3 mil toneladas de 2020.

Imposto chega a até 60% do valor dos produtos de Páscoa

Segundo um levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base nos dados do Impostômetro, ao comprar um ovo de Páscoa no mercado de, por exemplo, R$ 40, o consumidor paga R$ 24,58 efetivamente pelo produto e mais R$ 15,42 em impostos.

Isso porque a carga tributária do chocolate é de, em média, 38,53% do preço final.

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O produto mais tributado na Páscoa do ano é o vinho importado (59,73%). Por uma garrafa de vinho de, por exemplo, R$ 100, o brasileiro desembolsa R$ 40,27 pelo produto, e mais R$59,73 em tributos. Já o vinho nacional tem uma carga menor, que alcança, em média, 44,73%.

Já os ovos de Páscoa caseiros podem ser uma alternativa para os consumidores e uma oportunidade de renda extra para os microempreendedores. No entanto, fugir dos industrializados não é um sinônimo para a fuga dos altos impostos.

Para a produção de um ovo simples, que utiliza na sua elaboração chocolate, papel celofane e fitas para a embalagem do produto, são pagos, respectivamente, 39,65%, 34,5% e 34% em impostos.

“Os consumidores que procuram por ovos de Páscoa caseiros, pensam em algo diferente do que encontram nas prateleiras dos mercados. Isto reflete numa tendência de ‘gourmetização’ dos ovos que, aliada à alta tributação dos insumos, aumentam o preço final do produto”, afirma o economista.

Com informações da Agência Brasil

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Janize Colaço

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