Grana na conta

PagSeguro (PAGS34) e Nubank estão na mira de regulação do BC sobre taxas

A consulta pública do Banco Central (BC) para mudar regras sobre a tarifa de intercâmbio (TIC) e o prazo de liquidação de operações de cartões pré-pagos às dos cartões de débito estrangulou a ação do PagSeguro (PAGS34) na Nasdaq e pode pegar o Nubank no contrapé — às vésperas da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do banco digital.

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A proposta da autoridade monetária é de limitar a 0,5% a tarifa de intercâmbio (TIC) aplicada em em qualquer transação de cartões de débito e pré-pagos e vedar  prazos máximos diferentes para disponibilização de recursos ao recebedor. A medida pegaria em cheio a operação do PagSeguro.

De acordo com relatório recente do Goldman Sachs, o limite sobre o intercâmbio pré-pago impactaria as receitas da empresa de serviços financeiros em cerca de 3% e os ganhos antes de impostos em cerca de 13%.

A ação do PagSeguro na Nasdaq acumula uma desvalorização de 22,19% desde quinta-feira (7). O BDR do PagSeguro listada na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) registra queda de 20,81% em igual período.

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O Goldman Sachs viu o sell-off como “exagerado” e manteve a recomendação de Compra para o papel cotado em Nova York, com preço-alvo de US$ 64,00.

Além do PagSeguro, Nubank também está na mira

Mais cedo o Radar Econômico, da Veja, reportou uma disputa entre adquirentes e o Nubank e a Mastercard (MSCD34). Segundo informações do blog, o banco digital não teria respeitado a regulação do BC que impõe taxas a operações de debito e cobraria 1,2% por transações.

O Nubank, acusou a Getnet em processo judicial, avisaria clientes que o cartão pré-pago funcionaria como um cartão de débito na hora do pagamento.

A consulta pública do Banco Central para harmonizar as regras muda o cenário para o PagSeguro, assim como para banco digital, que ontem anunciou o lucro líquido de R$ 76 milhões no primeiro semestre de 2021 no Brasil — o primeiro da história.

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Arthur Guimarães

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