Alta no consumo de energia deve pressionar reservatórios ao limite, diz ONS

O provável aumento no consumo de energia nos próximos meses deve levar os reservatórios próximo do limite em meados de novembro, quando termina o período seco no País, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS). O impacto maior seria nos subsistemas Sul e Nordeste.

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Para o ONS, a perspectiva se dá por causa da alta de utilização de energia pelos setores do comércio e serviços, associada a uma perspectiva mais “realista” sobre a quantidade de usinas termelétricas efetivamente disponíveis para geração.

Além do crescimento da demanda pelos setores do comércio e serviços, a manutenção do ritmo elevado das indústrias, principalmente daquelas voltadas para a exportação, elevaram a perspectiva de demanda de energia para os próximos meses, diz a nota técnica emitida nesta quinta-feira, 22, pelo ONS.

Os dados sobre a disponibilidade de térmicas também foram revisados, já que as usinas podem estar indisponíveis por diferentes motivos.

“Neste estudo prospectivo foi considerada uma disponibilidade termelétrica reduzida em comparação àquela considerada nos estudos anteriores, porém mais realista caso as ações no sentido de aumento da disponibilidade energética não alcancem o resultado esperado.”

Com menos água, menos energia

Diante do cenário, o ONS apresentou uma série de recomendações para atenuar as consequências da escassez de água. Entre elas a avaliação, em conjunto com a Agência Nacional de Águas e Saneamento (Ana), do uso de reservatórios das hidrelétricas das bacias do Rio Grande e do São Francisco para garantir o fornecimento de energia no País e a aplicação de medidas para aumentar a disponibilidade de energia termelétrica.

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Essas medidas, diz a nota, incluem a antecipação, em alguns meses, da entrada em operação de termelétrica GNA I, localizada em São João da Barra (RJ) e movida a gás natural.

As sugestões incluem ainda o “gerenciamento de manutenções programadas” de térmicas e o aumento da contratação de energia de térmicas Merchant (ou seja, que não possuem contrato fixo de geração e, por isso, são mais caras) e a ampliação da importação de energia do Uruguai e da Argentina.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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