Grana na conta

Oncoclínicas (ONCO3): oferta de ações pode atingir R$ 917,8 milhões

A Oncoclínicas (ONCO3) informou, por meio de fato relevante divulgado nesta sexta-feira (9), que protocolou junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro de oferta pública de distribuição primária e secundária de ações ordinárias de emissão da companhia, o que pode movimentar mais de R$ 917 milhões.

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A oferta será dividida em duas partes. A primária vai envolver a distribuição de 20 milhões de novas ações, devendo injetar R$ 209,8 milhões no caixa, enquanto a segunda pode chegar a 50 milhões de ações, com valor estimado de R$ 524,5 milhões – neste último caso, as ações pertencem ao Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia Josephina e ao grupo Unity.

Considerando o fechamento da última sexta-feira (9), de R$ 10,49, a operação pode movimentar R$ 734,3 milhões.

Ainda de acordo com a empresa, o total de ações da oferta poderá ser acrescido em até 25%, chegando a 87,5 milhões de ações. O montante, portanto, pode chegar a R$ 917,8 milhões. A negociação será coordenada pelo Goldman Sachs, Itaú BBA, XP (XPBR31), Santander Brasil (SANB11), BTG Pactual (BPAC11) e JP Morgan.

“A companhia pretende utilizar prioritariamente os recursos líquidos provenientes da oferta primária para expansão orgânica, principalmente por meio de suas intenções de expansão em unidades de alta complexidade, bem como na participação em mais serviços na jornada do paciente oncológico”, disse a Oncoclínicas.

Segundo a empresa, o período de subscrição prioritária começa na próxima segunda-feira (12), enquanto a fixação do preço por ação tem previsão para ocorrer no dia 20 de junho. Já as negociações na B3 têm início no próximo dia 22. 

CVC contrata bancos para oferta de ações de R$ 200 milhões

Nesta semana, a CVC (CVCB3) também se pronunciou a respeito de sua potencial oferta de ações, comunicando que contratou o Citigroup e Itaú BBA para coordenação do follow-on.

A CVC quer captar pelo menos R$ 200 milhões em uma oferta que deve permitir a entrega de “bônus de subscrição”.

Vale lembrar que a empresa poderá adicionar lotes de ações de forma suplementar no âmbito da oferta de ações.

A potencial oferta conduzida pela empresa é uma contrapartida a recente injeção de capital pelo antigo controlador da empresa e fundador da mesma, Guilherme Paulus.

O investidor, por meio do seu fundo, o GJP Investimentos, fez um aporte de R$ 75 milhões.

“No âmbito da Potencial Oferta, a Companhia pretende emitir bônus de subscrição como vantagem adicional, sendo que cada bônus de subscrição dará o direito ao investidor de subscrever uma nova ação no prazo e pelo preço a serem determinados pela CVC”, diz a companhia sobre a sua oferta.

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Oncoclínicas teve lucro de R$ 41 milhões no primeiro trimestre

A Oncoclínicas registrou um lucro líquido de R$ 41,2 milhões no primeiro trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 15,6 milhões reportado no mesmo período do ano anterior.

A receita líquida cresceu 60,1%, chegando a R$ 1,3 bilhão no período. “Desse crescimento, mais da metade, ou 33%, foi orgânico”, disse Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas.

No primeiro trimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa foi de R$ 276,9 milhões, crescimento de 145,4% em relação ao mesmo intervalo de 2022.

Entre os meses de janeiro e março deste ano, a Oncoclínicas também viu o número de procedimentos crescer 46,7% na base anual, chegando a 151,1 mil. Na comparação sequencial, o avanço foi de 4,6%.

A Oncoclínicas atribui esse resultado a “aceleração do volume orgânico de pacientes, maior participação da companhia na jornada de tratamento de seus pacientes e integração das aquisições que aconteceram ao longo do ano passado”.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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