Oi, Vivo e TIM Brasil querem adiamento do leilão do 5G

As operadoras Oi, Vivo e TIM manifestaram, nesta sexta-feira (01), seus desejos de que o leilão da internet 5G seja adiado.

O leilão estava originalmente previsto para março de 2020, contudo, a data exata não havia sido definida pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as companhias já esperam um atraso. Para a Oi, uma possível postergação ajudaria as companhias a se recuperarem após os investimentos feitos nas redes 4G.

Vivo e TIM declararam que preferem que o leilão demore um pouco para que isso resulte em regras melhores ao setor.

Não há “urgência absurda”, diz presidente da Oi

O presidente da Oi, Rodrigo Abreu, disse durante à imprensa durante a Futurecom: “a gente sabe que o leilão de 5G não vai acontecer na primeira metade do ano que vem. Existe a expectativa de acontecer na segunda metade de 2020, é possível. Mas nada impediria que ele acontecesse em 2021. É óbvio que se for para frente, melhor. De fato o País ainda está no suspiro do investimento feito nas redes de 4G e 4,5G”.

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Além disso, Abreu disse que não vê uma “urgência absurda” para a implantação da nova tecnologia no país. Contudo, vários executivos de companhias, governo e meio acadêmico já argumentaram a favor de que o 5G representará uma revolução no Brasil.

Planejamento do Ministério da Economia

O Ministério da Economia planeja que o 5G agregue R$ 249 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) até 2035. O valor seria por conta do aumento direto de produtividade com a implantação da internet rápida, permitindo o desenvolvimento de novas aplicações, indo desde carros autônomos até cirurgias realizadas por médicos à distância.

Abreu afirmou que a Oi participará do evento para comprar lotes da faixa 700 MHz (a usada principalmente para o 4G) e da faixa 3,5 GHz (destinadas ao 5G). Os custos para o leilão não estão no plano anual de R$ 7 bilhões de investimentos da Oi e representarão desembolsos adicionais para a empresa.

O presidente da Telefônica Brasil (proprietária da Vivo), Christian Gebara, afirmou no mesmo evento: “A necessidade de cobertura e de expansão da tecnologia vai exigir que as empresas tenham capital para fazer esse investimento. Se esse capital for reduzido pela compra de frequência, teremos um problema para o desenvolvimento do País”.

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Já o presidente da TIM Brasil, Pietro Labriola, também disse na Futurecom que é pode ser que ocorra um adiamento: “Se acontecer com um pouco mais de atraso, mas com regra certa para garantir o retorno do investimento, eu fico mais feliz”.

Além disso, o presidente da rival da Oi declarou: “Faz sentido um modelo no qual o valor do leilão é mais baixo, mas acompanhado do compromisso de desenvolvimento de infraestrutura que vai gerar ganho para todo o País, com entrega de riqueza e desenvolvimento para todos”.

Rafael Lara

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