Oi (OIBR3) terá de pagar multa milionária em processo por omitir dados em plano

A Oi (OIBR3) terá de pagar multa de R$ 1 milhão após condenação na 23ª Vara Cível de Belo Horizonte em processo judicial que acusa a companhia de não ter sido transparente em oferta de produtos aos clientes. A ação alega que a operadora não deixou claras as opções mais baratas de seus planos de telefonia fixa, induzindo o consumidor a comprar os pacotes mais elevados.

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O plano de baixo custo da Oi valia entre R$ 13 a R$ 15, com variações de acordo com o estado, e incluía em seu serviço de franquia mensal um limite de até 90 minutos de ligação para chamadas locais para telefones fixos. Após investigação, o Ministério Público concluiu que em diversas lojas não havia qualquer divulgação desta opção, e os próprios funcionários não sabiam explicar o plano para os fiscais do Ministério.

A omissão de informações pode ser condenável judicialmente por dano moral coletivo porque prejudica o consumidor. A empresa agora terá que pagar uma multa de R$ 1 milhão e, se não cumprir a determinação judicial, receberá multas diárias de R$ 3 mil. Além disso, será obrigada a divulgar de forma clara todas as opções de serviço disponíveis.

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Em sua defesa, a Oi afirmou que segue todas as normas da Anatel, não tendo provas que confirmem a necessidade de modificar as obrigações contratuais com seus clientes.

Oi junto com a Vivo (VIVT3) é alvo de outro processo

Na semana passada, o Ministério da Justiça e Segurança Pública instaurou processo administrativo contra a Vivo (VIVT3) e a Oi por indícios de infração ao Código de Defesa do Consumidor. A investigação será feita pelo Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

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Os documentos não trazem explicitamente quais violações estariam sendo atribuídas às operadoras, só citam os artigos da lei nos quais as condutas poderiam se enquadrar — entre eles estão os que tratam de proteção contra publicidade enganosa e abusiva.

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No mês passado a Senacon havia informado que a Oi e a Vivo estavam sob averiguação liminar por causa de campanhas publicitárias utilizando o termo 5G antes mesmo de ocorrer o leilão da nova tecnologia.

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Bruno Galvão

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