Grana na conta

Oi (OIBR3) tem prejuízo de R$ 1,6 bilhão no 4º trimestre de 2021

A Oi (OIBR3) apresentou prejuízo líquido consolidado atribuído aos acionistas controladores de R$ 1,6 bilhão no quarto trimestre de 2021, uma queda de 192,9% ante igual intervalo de 2020, quando havia registrado lucro de R$ 1,7 bilhão. No acumulado do ano de 2021, a companhia reportou prejuízo líquido de R$ 8,38 bilhões, um recuo de 20,04% sobre o ano encerrado em 2020.

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Segundo o balanço da Oi, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina somou R$ 1,612 bilhão nos últimos três meses de 2021, montante 8,1% maior que o apurado no mesmo período do ano anterior. A margem Ebitda de rotina ficou em 35,3%, um crescimento de 4,0 pontos porcentuais sobre o apurado no quarto trimestre de 2020.

A receita líquida total consolidada da Oi foi de R$ 4,571 bilhões, valor 4,03% abaixo do apurado um ano antes, de R$ 4,777 bilhões. No exercício encerrado em dezembro de 2021, a receita líquida somou R$ 17,933 bilhões, valor 4,5% menor do que o registrado no ano de 2020. Já a dívida líquida consolidada da Oi no período somou R$ 32,573 bilhões, crescimento de 49,4% sobre o mesmo trimestre de 2020.

No resultado trimestral da Oi, a receita líquida das operações brasileiras totalizou R$ 4,525 bilhões, queda de 4,01% em relação ao quarto trimestre de 2020. A receita líquida das operações internacionais (África e Timor Leste) totalizou R$ R$ 46 milhões, recuo de 21,4% em relação ao apurado um ano antes. A receita líquida das operações continuadas no Brasil totalizou R$ 2,539 bilhões no trimestre, queda de 2,5% na comparação com um ano antes.

O analista da Nord Research, Fabiano Vaz, avalia que os resultados foram em linha com o esperado e os dados vem demonstrando o foco da operadora na fibra ótica.

“Foram bons resultados principalmente quando a gente vai olhar a parte operacional. E o foco que vem demonstrando desde o começo ali da reestruturação da empresa que é a fibra óptica, com a fibra eles estão crescendo, o que é bem interessante”, disse Vaz.

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De acordo com o resultado da Oi do 4T21, os investimentos (Capex) consolidados, considerando as operações internacionais, totalizaram R$ 1,9 bilhão, apresentando crescimento de 12,0% em relação ao 4T20 e de 7,5% comparado ao 3T21.

No quarto trimestre, o fluxo de caixa operacional consolidado de rotina foi negativo em R$ 339 milhões. No acumulado do ano, o fluxo de caixa operacional consolidado de rotina da Oi foi negativo em R$ 2 bilhões. O resultado da Oi está em linha com o esperado pela empresa, em função da continuidade da expansão de fibra ótica para garantia da execução do plano de transformação.

A dívida bruta consolidada da Oi totalizou R$ 35,8 bilhões ao final do 4T21, uma elevação de 5,4% ou R$ 1,8 bilhão em relação ao 3T21 e um aumento de 36,1% ou R$ 9,5 bilhões ano contra ano. A elevação no trimestre foi explicada, principalmente pelo accrual de juros, pela amortização do ajuste a valor presente (AVP), além da desvalorização do Real vs Dólar de 2,59% no trimestre, segundo o documento da Oi.

“O endividamento ficou praticamente estável quando a gente vai fazer a comparação. A operadora conseguiu fazer o pagamento de algumas dívidas e eles tem se programado a fazer o pagamento de algumas outras, então de maneira geral a notícia sobre o endividamento não é uma grande preocupação”, analisou Vaz.

Última cotação da Oi

Na última sessão, quarta-feira (4), a Oi encerrou o pregão em alta de 1,32%, negociada a R$ 0,77.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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