Oi (OIBR3) reverte prejuízo e lucra R$ 1,1 bilhão no 2T21, resultado de investimentos em fibra

Em recuperação judicial, a Oi (OIBR3) obteve lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre deste ano, revertendo prejuízo de R$ 3,4 bilhões no mesmo período em 2020. Segundo a operadora, o lucro é devido aos investimentos no segmento de fibra ótica, que já mostram ‘um resultado acima da expectativa’.

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No release de resultado trimestral da Oi, a empresa informou que mantém o foco em seu plano de transformação, na continuidade da expansão da rede de FTTH (fibra até em casa, em inglês) no país, oferecendo banda larga até o lar do cliente.

Os investimentos para fibra totalizaram R$ 1,3 milhões, crescimento de 17,5%, segundo o balanço da Oi. “Cabe destacar que o foco nos investimentos em fibra nos últimos trimestres já mostra um resultado acima da expectativa, sendo responsável direto pelo acelerado processo de turnaround (volta por cima) operacional que estamos observando no segmento residencial”, informou o documento.

A receita da fibra superou cobre pela primeira vez, chegando a uma participação de 50% do total da receita no segmento. Neste segundo trimestre, as receitas de fibra foram responsáveis por R$ 654 milhões das receitas do segmento residencial enquanto as receitas de cobre foram responsáveis por R$ 653 milhões.

Receita líquida da Oi cai 3,4% e dívida líquida aumenta 28,2%

A receita líquida operadora de telecomunicações somou R$ 4,3 bilhões, uma queda de 3,4% na comparação com o segundo trimestre de 2020, quando havia registrado R$ 4,5 bilhões.

Segundo a Oi, a receita líquida foi impactada no segmento B2B (modelo de negócios em que uma empresa vende para outras empresas) representando uma retração de 10,6% em relação ao mesmo período no ano passado, em função do cenário ainda ruim da pandemia do covid-19, “que continuaram a impactar fortemente a economia e as empresas em geral.”

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Por sua vez, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 1,2 bilhão, uma retração de 5,5 % na base anualizada. A queda é explica pela redução da receita, em especial no segmento móvel pré-pago, que compõe as receitas de operações descontinuadas, e no segmento corporativo.

A Oi terminou junho com uma dívida bruta consolidada de R$ 29,1 bilhões, aumento de R$ 3 milhões, ou de 11,5% ano contra ano. O aumento é decorrente da emissão da debênture privada da InfraCo no valor de R$ 2,5 bilhões. Soma-se a isso os efeitos usual da soma de juros que contribuem para o crescimento da dívida a cada período.

O caixa consolidado da empresa, por sua vez, fechou o segundo trimestre em R$ 3,4 bilhões, redução de 43,7% na comparação de base anual. Com isso, a dívida líquida somou R$ 25,6 milhões no trimestre, 28,2% maior no comparativo anual.

“O aumento da dívida líquida no ano é decorrente, principalmente, da manutenção de um Capex elevado no período e também é resultado do pagamento de obrigações pontuais no período, com o pagamento de obrigações previstas no Plano de Recuperação Judicial junto a fornecedores e os juros do Bond 2025″, informou o documento da Oi.

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Poliana Santos

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