Ações da Oi (OIBR3) disparam com interesse da Telefônica e TIM
Enquanto o Ibovespa opera em forte baixa nesta quarta-feira (11), as ações da Oi (OIBR3) disparam e, por volta das 12h30, apresentam uma alta de 10,11%, sendo negociadas a R$ 0,98. Os investidores estão de olho no interesse da Telefônica (VIVT4) e da TIM (TIMP3) na operação móvel da companhia.
Por meio de um fato relevante divulgado na noite da última terça-feira (10), a TIM e Telefônica formalizaram seus interesses em adquirir a divisão de telefonia celular do Grupo Oi.
Segundo o documento, “a transação, se concretizada, criará valor a nossos acionistas e clientes através de maior crescimento, geração de eficiências operacionais e melhorias na qualidade do serviço. Além disso, contribuirá para o desenvolvimento da competitividade do setor de telecomunicações brasileiro”.
Pietro Labriola, CEO da TIM, disse através de um comunicado interno que a negociação será longa e sujeita à revisão dos órgãos reguladores do mercado das telecomunicações no Brasil.
No entanto, segundo o executivo italiano, esse será um passo importante para a operadora e pede foco da equipe na manutenção dos objetivos estratégicos da companhia telefônica.
Os papéis da Telefônica e da TIM também operam em alta nesta quarta-feira. Próximo das 12h30, as ações da companhia italiana operavam em alta de 5,54%, negociadas a R$ 16,37, enquanto a Telefônica subia cerca de 2%, a R$ 55,10.
O volume de negociações das ações da Oi é o quarto maior desde a abertura do pregão na B3, apenas atrás de BOVA11, Petrobras (PETR3; PETR4) e Vale (VALE3).
Anatel analisará minuciosamente a proposta pela Oi Móvel
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) comunicou, por meio de seu presidente, Leonardo Euler, que irá fazer uma análise rigorosa sobre as propostas das companhias.
“Quando tiverem uma oferta firme, as empresas vão precisar de uma anuência prévia da Anatel. Também daremos subsídios ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para avaliar esta operação”, disse Euler nesta quarta-feira.
De acordo com o presidente da Anatel, “não existe um número de ouro” em relação ao número de competidores na telefonia móvel. “Competição é um atributo muito caro. Portanto, a proposta será analisada sob os pontos de vista regulatório e competitivo”, completou, acerca da possibilidade da compra da operação móvel da Oi.
