Oi (OIBR3): processo da Anatel pode prejudicar venda da V.tal, diz jornal; entenda

A novela em torno da dívida da Oi (OIBR3) pode ficar ainda mais complicada com o processo aberto pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). De acordo com informações divulgadas nesta segunda (22) pelo jornal Valor Econômico, caso a concessão seja cassada, a venda da V.tal seria prejudicada.

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A V.tal é a empresa de fibra ótica do grupo e considerada pelos agentes econômicos como a “mina de ouro” da empresa, que protagoniza seu segundo processo de recuperação judicial.

De acordo com o Valor, caso a Oi se livre da concessão (o que poderia ocorrer em último caso), essa transação integraria a operação de banda larga fixa da empresa. Ou seja, a extinção do contrato exigiria a devolução dos bens da concessão, inclusive os detidos atualmente pela V.tal.

Procurada pelo Valor, a Oi informou que os processos movidos pela Anatel fazem parte das obrigações da agência e que essas movimentações não interferem na prestação dos serviços da empresa.

“A companhia entende que especulações a respeito de ações do poder concedente sejam devidas ao dever fiduciário da agência de acompanhar as operações das concessionárias, acompanhamento esse que, no caso da Oi, entra em regime diferenciado devido ao processo de recuperação judicial, sem que, no entanto, exista qualquer motivo para considerações além desse acompanhamento até o momento”, destacou a companhia no posicionamento.

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Oi: processo da Anatel e nova recuperação judicial

O processo aberto pela Anatel contra a Oi foi noticiado, em primeira mão, pela jornalista Roseann Kennedy, da Coluna do Estadão, do jornal O Estado de São Paulo. De acordo com a publicação, a dívida de R$ 43,7 bilhões acendeu um sinal vermelho na agência, além da piora nos indicadores dos serviços prestados pela empresa.

No último sábado (20), a empresa apresentou o seu novo plano de recuperação judicial. A ideia é vender uma série de ativos do grupo, como a própria V.tal, a Oi Fibra, a Oi Soluções, além de subsidiárias de prestação de serviços e imóveis.

No Ibovesa hoje desta segunda, por volta das 16h, as ações da Oi eram negociadas em alta de 5,61%, por R$ 1,13. Como os papéis possuem um baixo valor monetário, qualquer oscilação positiva ou negativa torna-se acentuada em números percentuais.

De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da Oi apresentam uma desvalorização de 82,99%.

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Erick Matheus Nery

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