Ação da Oi (OIBR3) tem permissão da bolsa para seguir abaixo de R$ 1

A Oi (OIBR3) ganhou mais tempo da B3 (B3SA3), a bolsa de valores brasileira, para seguir com suas ações abaixo de R$ 1.

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Com as normativas atuais, não é permitido que uma empresa passe mais de 30 pregões com os papéis abaixo desse patamar – data que já foi extrapolada pela ação da Oi. A empresa tem de apresentar um plano de adequação de preço, geralmente, quando isso ocorre.

Segundo o comunicado da companhia, a partir de 1º de julho, será iniciado novo período para eventual apuração de 30 pregões ininterruptos com a cotação da operadora abaixo desse valor.

O documento da empresa, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), justifica o panorama por:

  • a recente conclusão da venda dos ativos da Oi Móvel e a proximidade da conclusão da operação de alienação do controle da V.tal (InfraCo), “ambas relevantes no contexto da execução do Plano de Recuperação Judicial e de precificação do valor das ações, uma vez que são indispensáveis para a sustentabilidade de longo prazo da Companhia”
  • a “previsão de encerramento do processo de Recuperação Judicial, quando as ações da Oi estarão novamente aptas a integrar diversos índices de mercado”. A empresa não revelou, contudo, para quando seria essa previsão.

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“Caso ocorra desenquadramento com base na apuração a ser realizada no referido período, a Companhia deverá imediatamente submeter a seus acionistas proposta de grupamento de suas ações para deliberação em Assembleia Geral”, explica a Oi.

Oi negocia dívida de bilhões com Anatel

Além disso, a empresa, que está atualmente em recuperação judicial, renegocia o desconto de uma dívida bilionária com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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A empresa divulgou que agora, com a repactuação da dívida, haverá um desconto de 54,99% da dívida da Oi. Com isso, o total devido pela operadora de telefonia à Anatel passa de R$ 20,2 bilhões para R$ 9,11 bilhões.

Mas, se o cálculo considerar os depósitos judiciais já efetuados pela telecom nos últimos anos, a Anatel agora tem a receber da empresa o montante de R$ 7,335 bilhões.

A empresa também terá um prazo maior, com pagamento em 126 parcelas. A primeira já foi paga, é agora passam a correr seis meses de carência para o pagamento da segunda.

Ou seja, o acordo ‘alongou’ a dívida da empresa, além de encurtá-la – já que agora a Oi tem até 2033 para pagá-la, ante 2027 do prazo anterior.

O acordo alongou consideravelmente o horizonte da dívida da Oi. O acordo anterior, com data de novembro de 2020, previa que a Oi terminaria de pagar sua dívida junto à Anatel em outubro de 2027.

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Eduardo Vargas

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