Natura (NTCO3) quer trocar B3 (B3SA3) pela NYSE e lista 6 motivos para isso

A Natura (NTCO3) estuda trocar sua listagem primária da B3 para a NYSE, a Bolsa de Nova Iorque, segundo fato relevante divulgado na quinta-feira (11). O objetivo da empresa de cosméticos é realçar sua presença global, ao mesmo tempo em que mantém a dupla listagem por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na bolsa brasileira.

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Em documento, a Natura destaca que, atualmente, mais de 70% da sua receita vem de fora do Brasil. Com as aquisições da Aesop em 2013, da The Body Shop em 2017 e da Avon em 2020, sua internacionalização acelerou, para além do crescimento orgânico já observado na América Latina.

A empresa ainda lista seis motivos para realizar a mudança:

  1. permitir à Natura aumentar sua visibilidade e alcance, e amplificar sua agenda de sustentabilidade “Compromisso com a Vida 2030”;
  2. aumentar o acesso a investidores globais e diversificar ainda mais sua base acionária, mantendo ao mesmo tempo uma dupla listagem via BDRs listados na B3;
  3. expandir a cobertura por analistas de mercado;
  4. melhorar a liquidez de suas ações;
  5. acessar novas fontes de financiamento; e
  6. melhor alinhar sua estrutura corporativa e de capital à presença operacional global.

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Para tanto, a Natura também estuda a criação de uma nova companhia, que seria holding do Grupo. Essa empresa ficaria domiciliada no Reino Unido, onde o Grupo Natura & Co já possui presença relevante por meio da The Body Shop e a Avon, que possuem sede no país.

Dentro desse planejamento, a Natura Cosméticos continuaria sediada e domiciliada no Brasil e a Aesop na Austrália.

“A proposta em estudo contempla que a base acionária da companhia migraria para uma nova companhia holding, por meio de uma reestruturação societária internacional. A companhia pretende manter a estrutura acionária de uma ação, um voto”, informa fato relevante.

Além disso, a Natura garante que se a potencial reorganização for aprovada pelos acionistas, os membros dissidentes terão o direito de exercer retirada de acordo, segundo indica a Lei das Sociedades por Ações.

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Balanço da Natura no 3T21

O lucro líquido da Natura foi de R$ 269,6 milhões no terceiro trimestre de 2021, valor 28,6% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, a queda do lucro está relacionada a que da receita líquida, que saiu de R$ 10,4 bilhões para R$ 9,5 bilhões de julho a setembro, 10,3% inferior na base anual.

“O desempenho Natura & Co no terceiro trimestre, como esperado, reflete nossa maior base de comparação da história, diante do mesmo período do ano passado, bem como um ambiente externo difícil, com efeitos contínuos e desiguais da pandemia nos principais mercados, com aumento da inflação e interrupções na cadeia de suprimentos e no frete”, explicou a Natura.

De forma segmentada, a Natura & CO América Latina, responsável por todas as marcas na região, registrou queda de 4,2%, saindo de R$ 6,06 bilhões para R$ 5,5 bilhões.

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A Avon International, que exclui América Latina, teve o maior tombo, de 16,4% na base anual, para R$ 2,05 bilhões. Já The Body Shop ex-Latam e Aesop ex-Latam registraram aumentos de 0,4% e 12%, respectivamente, na base anual.

O Ebitda da Natura somou R$ 953,9 milhões no terceiro trimestre, queda de 34,5% na comparação anual. Já a margem Ebitda ficou em 10% no período, uma perda de 4 p.p. de um ano para o outro.

Última cotação da Natura

A cotação da Natura registrou uma perda de 1,23% no pregão de quinta (11), fechando a sessão com as ações valendo R$ 40,02.

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Monique Lima

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