Natura (NTCO3) avalia separação da Avon para gerar duas empresas independentes de capital aberto

O conselho de administração da Natura (NTCO3) autorizou sua diretoria a iniciar o processo de avaliação de uma possível separação da Natura Latam e Avon em duas empresas independentes no ramo da beleza, e com ambas tendo capital aberto na Bolsa de Valores.

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Conforme comunicado emitido pela Natura nesta segunda-feira (5), essa separação da Avon tem como objetivo “gerar ainda mais valor para os acionistas”.

Embora a estrutura dessa possível operação ainda esteja sendo estudada, a expectativa é de que ela resulte em duas empresas separadas e que operem de forma independente. Nesse caso, as companhias teriam planos próprios de negócios, assim como uma governança independente.

Essa separação de Avon e Natura poderia resultar em “equipes de gestão mais bem preparadas para perseguir estratégias mais direcionadas para impulsionar o valor de longo prazo para os acionistas”, destaca o comunicado.

Apesar disso, a possível separação não traria impactos para as marcas na América Latina, uma vez que a Natura seguiria suas operações com as duas marcas nesta região.

Enquanto isso, a Avon acabaria se beneficiando de maneira indireta das vendas na região, por meio de um acordo comercial com a Natura, e também dando continuidade às operações fora da América Latina.

A conclusão dessa possível separação ainda está sujeita a diversas questões a serem tratadas, inclusive a aprovação do conselho de administração e da maior parte dos investidores da companhia.

“Enquanto a administração de Natura &Co realiza a avaliação estratégica, a companhia continua a implementação da estratégia de turnaround da Avon e a integração dos negócios da Natura e da Avon na América Latina”, diz a companhia em documento.

Detalhes da possível separação de Natura e Avon

A potencial separação da Avon poderia trazer aos investidores uma visibilidade maior em relação ao desempenho financeiro, expectativas de crescimento, estrutura e teses de investimento dessas empresas.

A possível separação estaria em conformidade com a estratégia da Natura de tornar a sua estrutura corporativa mais simplificada, assim como gerar uma maior autonomia nas unidades de negócios, inclusive depois das vendas recentemente realizadas de Aesop e The Body Shop.

“Essa separação tem como objetivo promover o potencial de ambas as empresas, que possuem abrangências geográficas distintas, atendem diferentes consultores de beleza e consumidores e, juntas, oferecem valor limitado de sinergia sob a estrutura atual”, conclui a Natura.

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João Vitor Jacintho

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