MRV (MRVE3) despenca 17%, mas XP recomenda compra; entenda

As ações da MRV (MRVE3) estiveram na ponta negativa do Ibovespa por sucessivos pregões nos últimos dias, somando queda de 17% no acumulado do último mês. Apesar disso, com os movimentos recentes da companhia de construção civil, os analistas da XP Investimentos reiteram a visão positiva com a empresa.

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A recomendação da casa é de compra para as ações da MRV, com preço-alvo de R$ 17 – ante uma cotação atual de R$ 10,51.

“A MRV apresentou dados fracos conforme o esperado em sua prévia operacional do 3T22, impactados por uma significativa queima de caixa nas operações no Brasil e nos EUA, seguido por lançamentos moderados e desempenho fraco de vendas líquidas, com o objetivo de focar em rentabilidade acima de volume”, destaca o analista Ygor Altero, da XP.

Mesmo com esse contexto, o especialista destaca que a empresa manteve a tendência de alta do preço médio por unidade vendida nas operações brasileiras, em avanço de 15,4% no comparativo anual e em linha com a estratégia da empresa de recuperação de margens.

“O desempenho dos lançamentos foi moderado como o esperado, atingindo R$ 1,8 bilhão, majoritariamente em linha com nossas estimativas, uma vez que a MRV tem sido mais seletiva com seus projetos, buscando aumentar a rentabilidade. Dito isso, o aumento significativo no preço médio por unidade vendida nas operações brasileiras foi o destaque positivo, atingindo R$ 198 mil”, aponta.

No quesito de vendas líquidas, o úmero ficou aquém das expectativas da XP, em cerca de 7,4% abaixo do esperado – somando um volume total de R$ 1,46 bilhão.

Segundo a casa, isso se deu por conta das

  • Vendas líquidas mais fracas das operações brasileiras, devido à diminuição do volume de lançamentos
  • Falta de vendas da Resia

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Otimismo para o setor da MRV

Em relatório recente, sobre o segmento de construção civil como um todo, a XP apontou que tem visão otimista vendo uma desaceleração dos custos no curto prazo devido aos preços das commodities sob controle, principalmente aço e um potencial aumento do preço médio por unidade após a recente atualização do programa CVA.

“Assim, vemos espaço para expansão da margem bruta e estabilização entre (28% – 35%) para nomes de baixa renda no longo prazo“, diz a casa.

“Destacamos o potencial de crescimento e a melhora da rentabilidade do setor. Estimamos que os lançamentos e vendas líquidas aumentem (8,3%) e (14,0%) em 2022 e (8,8%) e (13,7%) em 2023, respectivamente, para as companhias de baixa renda em nossa cobertura”, pontuou, sobre o nicho específico da MRV.

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Eduardo Vargas

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