Movida (MOVI3): com alta na diária dos aluguéis de carros, empresa prevê aumento de R$ 387 milhões na receita em 2024

A Movida (MOVI3) anunciou nesta sexta (12) suas projeções para 2024 em fato relevante divulgado ao mercado. A companhia de aluguel de carros projeta incremento de R$ 387 milhões com alta no serviço de locação de veículos.

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Diz a companhia no documento sobre o guidance de 2024 da Movida: “Como principal estratégia de melhoria da rentabilidade do segmento, a companhia tem como foco a recomposição do preço da diária (yield) e acredita ser possível expandir o yield médio mensal da frota operacional de RAC (aluguel de carros) para 4,2% ao mês em 2024, o que representaria um aumento de R$ 387 milhões de receita ao ano.”

A empresa demonstrou o guidance da Movida no gráfico abaixo:

A Movida quer “maximizar a produtividade no segmento de Seminovos e potencializar as margens praticadas”:

  • a companhia de aluguel de carros que aumentar as vendas de veículos seminovos no varejo para uma média de 34 carros por loja por mês, o que representaria um aumento de 21% frente à média de 2023;
  • Reduzir o desconto praticado frente à tabela FIPE na venda dos carros seminovos para 5,5% no varejo e 16,5% no atacado em 2024.

Para aumentar a previsibilidade e estabilidade dos resultados e impulsionar a rentabilidade
da Movida
, a companhia de locação de carros afirma “ser possível aumentar a representatividade do segmento de GTF (Gestão e Terceirização de Frotas) para 60% do capital investido até o final de 2024, priorizando a alocação de capital neste segmento.”

A Movida conclui: “A empresa segue com muita disciplina na execução do planejamento estratégico e foco em excelência operacional, de modo a extrair o máximo de valor de seus ativos e promover a geração de valor adequada aos seus acionistas.”

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Movida reverte lucro e tem prejuízo de R$ 588 milhões no 4T23

Com um mercado ainda restrito para a comercialização de veículos seminovos e uma margem operacional enfraquecida, a Movida divulgou um prejuízo líquido de R$ 588,3 milhões no último trimestre do ano passado (4T23), em contraste com um lucro de R$ 17,8 milhões no mesmo período de 2022. No decorrer de 2023, o prejuízo totalizou R$ 650,9 milhões, comparado a um lucro de R$ 422,7 milhões no ano anterior.

Sem ainda ter auditado, a companhia diz que já conseguiu reverter o prejuízo do 4T23 da Movida em lucro líquido de R$ 21 milhões no 1º bimestre deste ano.

A receita líquida da Movida no último trimestre alcançou R$ 2,49 bilhões, apresentando uma queda de 5,1% em relação ao ano anterior. No fechamento do exercício, a receita totalizou R$ 10,3 bilhões, registrando um aumento de 11,2%.

Esse resultado do balanço da Movida foi fortemente influenciado pelo reconhecimento de perdas no segmento de aluguel de carros, totalizando R$ 391 milhões, como reflexo da desvalorização dos veículos seminovos durante o período, conforme a empresa.

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Marco Antônio Lopes

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