Governo não tem uma ‘saída’ para crise na Americanas (AMER3), diz ministro

O governo federal não tem uma ‘saída’ sobre como enfrentar a crise da Americanas (AMER3), que afeta mais de 40 mil trabalhadores. A declaração foi feita nesta segunda-feira (30) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que se colocou à disposição para dialogar com a empresa ao lado dos sindicatos para encontrar o ‘melhor caminho’ a ser trilhado.

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“A crise na Americanas é um assunto que preocupa muito. Nós estamos iniciando o governo, trabalhando de forma intensa, e o tema trabalho e emprego é estratégico, importante e faz parte das nossas prioridades”, disse Marinho, em encontro com representantes sindicalistas na sede da Força Sindical, em São Paulo.

O ministro do Trabalho ressaltou que o objetivo do encontro é ouvir as propostas dos líderes e disse que este é um caso que preocupa muito o governo federal. “Podemos estar à disposição para dialogar junto com a Americanas. É claro que é preciso muita sensibilidade nisso”, avaliou.

Ao avaliar o rombo da varejista, ele disse que “aparentemente pode ter tido uma irresponsabilidade empresarial” e que isso representa um caso isolado, e não um problema sistêmico.

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Marinho afirmou que é fundamental conseguir um caminho de preservar a continuidade da atividade econômica da Lojas Americanas, independentemente de quem seja o seu controlador.

No encontro, os líderes pediram uma participação mais ativa do Executivo Federal no caso das Americanas para construir um acordo para preservar os mais de 40 mil empregos. Eles também defenderam uma mesa de negociação envolvendo governo, sindicatos e empresa.

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“Enfoque é preservar empregos”

O ministro afirmou que o caso da Americanas preocupa a área econômica ao impactar o sistema financeiro brasileiro. No entanto, ele reforçou que o “problema dos bancos não pode ser maior do que o tema trabalho e emprego”. Ele destacou que há várias questões jurídicas que podem ser observadas neste caso, mas reforçou que:

O enfoque é como preservar empregos, preservar que a empresa continue funcionando.

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Sobre a possibilidade de trabalhadores virarem controladores da Americanas, como já aconteceu com outras companhias que entraram em crise, o ministro disse que não sabe se isso seria possível. “É bastante complexo, difícil pensar por aí”, avaliou.

“Tem que observar o que aconteceu com as Americanas, seguramente os órgãos fiscalizadores, como a CVM. É preciso observar se não houve fraude nesse processo, aí os órgãos judiciais e de controle têm que debruçar sobre esse assunto para ver qual nível de criminalidade eventualmente possa ter acontecido”, disse Marinho.

Questionado se o caso envolvendo a Americanas pode levar a discussões sobre eventuais alterações na Lei de Falências e recuperação judicial, ele declinou. “Legislações são aperfeiçoadas a qualquer tempo, mas não me consta nada por enquanto”, disse.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Janize Colaço

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