Magazine Luiza (MGLU3) anuncia bonificação de ações e eleva capital em R$ 400 milhões
O Magazine Luiza (MGLU3) decidiu encerrar 2025 com um movimento direto para seus acionistas: reforçar a estrutura de capital sem exigir qualquer desembolso adicional. Em comunicado ao mercado, a companhia informou a aprovação de um aumento de capital de R$ 400 milhões por meio da bonificação gratuita de ações, aprovada pelo Conselho de Administração em reunião realizada no dia 22 de dezembro.
A operação prevê a emissão de 36,9 milhões de novas ações ordinárias, que serão distribuídas de forma proporcional aos acionistas já existentes. Na prática, cada investidor receberá uma nova ação para cada 20 ações que já possui, o equivalente a uma bonificação de 5%.
Com a operação, o capital social do Magazine Luiza passará de R$ 13,8 bilhões para R$ 14,2 bilhões. Já o número total de ações em circulação aumentará de 738,9 milhões para 775,9 milhões de papéis.
Como funciona a bonificação de ações do MGLU3
O aumento de capital será realizado por meio da capitalização de parte da Reserva de Incentivos Fiscais registrada no balanço patrimonial de 30 de setembro de 2025. Segundo a companhia, a iniciativa tem como objetivo fortalecer a estrutura patrimonial e contribuir para a geração de valor no longo prazo.
A empresa destacou que a bonificação não provoca diluição, já que todos os acionistas recebem novas ações de forma proporcional às suas participações atuais.
Terão direito à bonificação os investidores posicionados no papel no fechamento do pregão da B3 do dia 29 de dezembro de 2025, considerada a data de corte. A partir de 30 de dezembro, as ações passam a ser negociadas na condição de “ex-bonificação”.
O crédito das ações bonificadas está previsto para o dia 5 de janeiro de 2026.
Direitos, custo fiscal e tratamento das frações
As novas ações do MGLU3 terão os mesmos direitos das ações já existentes, inclusive em relação a dividendos e juros sobre capital próprio declarados a partir de 30 de dezembro de 2025. Proventos anunciados antes dessa data não geram direito às ações bonificadas.
Para fins fiscais, o custo de aquisição atribuído às ações será de R$ 10,83 por papel. Eventuais frações poderão ser negociadas entre 6 de janeiro e 4 de fevereiro de 2026. Caso não sejam ajustadas, as sobras serão vendidas em leilão na B3, com o valor líquido repassado aos acionistas.
No fim, a bonificação reforça a estratégia do Magazine Luiza de reorganizar sua estrutura de capital sem impacto financeiro direto aos investidores, mantendo inalterada a participação proporcional no capital da companhia (MGLU3).