Balanços da semana

Mercado de capitais bate recorde de emissões em 2021: R$ 596 bi

O mercado de capitais bateu o recorde de emissões de renda fixa e variável em 2021, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), divulgados nessa quarta-feira (12).

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Segundo a Anbima, as ofertas de empresas brasileiras no mercado de capitais alcançaram R$ 596 bilhões no ano passado, o que corresponde ao maior valor desde 2012, quando foi iniciada a série histórica. As emissões de renda fixa somaram R$ 467,9 bilhões, enquanto as emissões de renda variável ficaram em R$ 128,1 bilhões.

José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima, diz que “o balanço mostra que tivemos um ótimo ano para as captações das empresas. O grande destaque é a evolução do mercado como um todo. Não foi só uma classe de instrumentos que avançou, foram todas, na renda fixa e na variável.”

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Os dados mostram que os fundos imobiliários também se destacaram, batendo um recorde de emissões, após 3030 operações que movimentaram R$ 49,5 bilhões no ano passado. Vale destacar que nesse caso, os FIIs não se classificam como renda fixa ou variável, mas como híbridos.

Em relação à renda fixa, a Anbima aponta que as debêntures se consagraram como as “queridinhas” das empresas no ano passado, e alcançaram um volume de R$ 253,4 bilhões. O valor supera o apurado em 2020 em mais de duas vezes.

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Além disso, esse movimento fez com que as operações no mercado secundário de debêntures também quebrassem um recorde, após chegarem a um volume de R$ 216,2 bilhões no ano passado.

Apesar das debêntures terem sido as principais escolhas das empresas em 2021, os outros ativos de renda fixa não ficaram atrás. As emissões de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), por exemplo, atingiram R$ 85,3 bilhões ao final de 2021, o que equivale a um salto de 125% em comparação com o ano anterior.

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Já os  Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) levantaram R$ 34 bilhões, alta de 121% na base anual, enquanto os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs)  chegaram a R$ 23,1 bilhões, crescimento de 52%.

Além disso, a Anbima informou que a partir da próxima edição do Boletim de Mercado de Capitais, abordará também as ofertas de notas comerciais e de Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro).

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Laura Moutinho

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