Mercado abre com queda do Ibovespa futuro e alta do dólar após declarações de Trump e pesquisa eleitoral

Após subir consideravelmente durante o dia de ontem, hoje o Ibovespa Futuro registra perdas. Enquanto isso, o dólar sobe vertiginosamente desde às 9 da manhã, impulsionado pelo cenário internacional e pelos últimos resultados de pesquisas eleitorais. No momento da redação, 10:23, o contrato de futuro da Ibovespa com vencimento em outubro apresentava queda de 0,87%, para 78.500 pontos, e o dólar batia 4,158, uma alta de 1,24% desde o fechamento de ontem.

Nos EUA, os índices futuros de Wall Street abrem em baixa após dois dias seguidos subindo, em meio a discussões de acordos de livre comércio. Os Estados Unidos conseguiram fechar acordo com o México na segunda-feira, para substituir o Nafta, mas ainda precisam convencer o Canadá.

O dólar segue subindo relativo à maioria de seus pares, ao mesmo tempo em que Donald Trump lança acusações contra a China de minar esforços americanos de desnuclearização da Coreia do Norte. Nos commodities, o petróleo sobe devido à baixa dos estoques, se aproximando de US$70, e os metais operam em queda.

Na noite de ontem, Trump também anunciou que aliviará as cotas de importação de aço e alumínio que estiverem além das cotas isentas de pagamento de sobretaxas estabelecidas pelo governo americano em março. Além do Brasil, a Coreia do Sul e Argentina se beneficiam com a decisão.

O mercado se atenta também ao lançamento da pesquisa DataPoder360, que revela uma liderança de Lula (PT) com 30% dos votos, seguido por Bolsonaro (PSL), com 21%, enquanto Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (REDE) disputam a terceira posição com 7%, 7% e 6% das intenções de voto. Álvaro Dias, do Podemos, aparece com 3%. A pesquisa não inclui cenário sem Lula e é dedicada a explorar o potencial de voto dos candidatos.

Fernando Haddad (PT) ainda não mostra a força do líder petista mesmo quando é colocado como “candidato apoiado por Lula”, mas chega a um potencial de voto de 34% quando somados aqueles que “com certeza” votarão nele e os que “poderiam votar”.

Daniel Quandt

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