Balanços da semana

Méliuz (CASH3) abre em queda de 4% em estreia na B3

A Méliuz (CASH3) realizou sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) nesta quinta-feira (5). Em sua estreia na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), porém, os papéis da companhia recuavam 4,40%, para R$ 9,56, por volta das 10h31. As ações foram precificadas a R$ 10 cada, no piso da faixa indicativa.

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A plataforma de marketplace e serviços financeiros movimentou R$ 583,4 milhões no IPO, com uma oferta primária e secundária. Assim, parte dos recursos foram direcionados para o caixa da Méliuz, enquanto outra fatia do capital levantado foi para o bolso dos antigos acionistas que diminuíram suas participações.

A companhia terá R$ 265,5 milhões disponíveis para alocar conforme seu prospecto enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa deve focar em futuras aquisições com uma parte dos recursos, enquanto também destinará parte do capital para a ampliação do market share da companhia.

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Entre as projeções da oferta, a Méliuz estuda oferecer cashback através do escaneamento de notas fiscais e possibilitar funcionalidades que permitam a intermediação de entrega de produtos e compartilhamento de transporte.

Histórico da Méliuz

Fundada em 2011, a Méliuz se coloca com uma empresa de tecnologia focada no fornecimento de soluções digitais por meio de uma plataforma integrada de marketplace e serviços financeiros.

A startup divulga para usuários, por meio de seu site, aplicativo e plugin, ofertas, serviços, cupons de desconto e campanhas de cashback, que a empresa desenvolve para parceiros. O modelo de negócios da Méliuz foi estruturado para oferecer uma proposta de “ganha-ganha-ganha”, na qual todos os participantes são beneficiados do serviço.

A Méliuz é remunerada pelos próprios parceiros que operam dentro da plataforma por meio de um pagamento de remuneração fixa, pela venda de espaços publicitários, e de remuneração variável que incide sobre o volume bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês) e sobre o volume total de pagamentos (TPV, na sigla inglês), gerados através dos serviços oferecidos na plataforma.

A empresa já conectou uma base de mais de 10 milhões de contas a uma série de mais de mais de 800 parceiros ativos — entre Lojas Americanas, Via Varejo, Amazon e Alibaba –, segundo dados expostos no prospecto preliminar. O site registrou 4,1 milhões de acessos mensais em julho de 2020, enquanto o aplicativo apresentou mais de 3 milhões de acessos mensais em igual período.

Resultados financeiros

No primeiro semestre deste ano, a Méliuz registrou um lucro de R$ 12,6 milhões, uma alta de 671% na comparação anualizada. Ao longo de todo o ano passado, a companhia havia lucrado R$ 15 milhões.

A companhia fechou o ano passado com um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 10,582 milhões, ante um prejuízo de 7,224, em 2018, e de R$ 16,746 milhões, em 2017. Na mesma comparação, a margem Ebitda ficou em 13%, em 2019, saindo de um resultado negativo de 16,2% e de 64,6%, no dois anos anteriores, respectivamente.

A receita bruta em prestação de serviços atingiu R$ 62,2 milhões entre janeiro e junho de 2020, com um avanço de 60,2%. O volume bruto consolidado de vendas gerado pelas empresas no marketplace da Méliuz, por sua vez, foi de R$ 932 milhões no mesmo período, um crescimento anual de 52%.

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Jader Lazarini

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