Grana na conta

Marfrig (MRFG3) registra lucro de R$ 431 mi no 3T22, queda de 74,3%

A Marfrig (MRFG3) encerrou o terceiro trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 431 milhões, queda de 74,3% ante R$ 1,675 bilhão registrado em igual período do ano passado, informou a companhia nesta quinta-feira (8).

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O Ebitda da Marfrig (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de R$ 3,792 bilhões, recuo de 19,9% ante o terceiro trimestre de 2021. O Ebitda ajustado diminuiu 19,1%, de R$ 4,7 bilhões em igual trimestre do ano passado para R$ 3,8 bilhões este ano.

Além disso, a margem do Ebitda no resultado do 3T22 ficou em 10,4%, contra 20% um ano antes. Já a receita líquida da Marfrig cresceu 54,1% no período de julho a setembro, de R$ 23,63 bilhões em 2021 para R$ 36,41 bilhões em 2022.

A dívida líquida da Marfrig subiu 186,1%, de RS 13,73 bilhões para RS 39,293 bilhões no período. Dessa forma, a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado em reais, passou de 1,10 vez no terceiro trimestre de 2021 para 2,38 vezes no 3T22. E, em dólar, foi de 1,07 vez para 2,32 vezes, na mesma base. A margem Ebitda ajustada foi de 10,4%.

O fluxo de caixa operacional da companhia foi de R$ 2,7 bilhões, enquanto o fluxo de caixa livre ficou em R$ 288 milhões. A Marfrig informou, ainda, que realizou pagamentos de dividendos intermediários no valor de R$ 500 milhões.

Marfrig: operações na América do Sul foram destaque

A operação América do Norte da Marfrig, capitaneada pela National Beef, registrou uma receita líquida de US$ 2,8 bilhões. O Ebitda ajustado alcançou US$ 338 milhões e a margem Ebitda ajustada da operação foi de 11,9%.

No período de julho a setembro, o volume total comercializado pela unidade de negócio foi de 499 mil toneladas, com o mercado dos Estados Unidos representando 87,6% desse total.

Os principais mercados premium internacionais, como Japão e Coreia do Sul, foram destinos de 12,4% do volume total de vendas.

Já a Operação América do Sul, que engloba Brasil, Argentina, Uruguai e Chile, foi o grande destaque do trimestre. A receita líquida da unidade subiu 7,8%, de R$ 6,9 bilhões no terceiro trimestre de 2021 para R$ 7,4 bilhões. “O resultado é explicado pelo aumento de 10% do preço médio total de vendas – puxado pelas exportações, cujo preço médio avançou, em dólares, 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado”, justificou a companhia.

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O Ebitda ajustado da operação também bateu recorde, com o valor de R$ 710 milhões, 136,1% a mais ante o trimestre encerrado em setembro de 2021. A margem Ebitda ajustada alcançou 9,5%, avanço de 518 bps em relação à margem do terceiro trimestre de 2021, e o lucro bruto foi de R$ 1,1 bilhão, 95% maior na mesma base de comparação.

As exportações representaram 65% da receita total da América do Sul, sendo que 81% das vendas internacionais tiveram como destino a China e Hong Kong. “Temos o maior número de unidades habilitadas para exportação para o mercado chinês, um sistema de pricing que nos permite aproveitar as melhores oportunidades assim que elas surgem e uma qualidade inquestionável de operação e de produto”, afirmou a Marfrig.

O volume de vendas da Marfrig caiu 2,0% no período, de 390 mil toneladas para 383 mil toneladas. Do total, 240 mil toneladas ficaram no mercado doméstico, enquanto as outras 143 mil toneladas foram exportadas.

Em comunicado, a Marfrig informou que a consolidação da BRF também propiciou o aumento do número e a maior diversificação dos mercados consumidores atendidos. No atual cenário, os Estados Unidos aparecem como o maior mercado da Marfrig, com uma participação de 37% das receitas líquidas totais. Na sequência, está o Brasil, com 25%, a China e Hong Kong, com 12%, o Oriente Médio, com 7%, e o Japão e a Europa, cada um com 4%.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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