Grana na conta

Marca de maquiagem acessível da L’Oreal, NYX vai deixar o Brasil

A marca de maquiagem NYX vai deixar o País mais uma vez. A francesa L’Oreal informou que o fechamento da linha faz parte de sua estratégia de priorizar marcas com maior potencial de crescimento sustentável no Brasil.

“A categoria de maquiagem, em que o Brasil é o 5º maior mercado do mundo, continua sendo uma prioridade. O foco da divisão será Maybelline NY, uma marca sólida e com forte potencial no país”, comunicou a L’Oreal em nota.

Saiba mais: Oi poderá vender fatia de telefonia móvel e fixa, entre outros ativos

Os produtos da NYX ficarão disponíveis no Brasil até 24 de abril com 50% de desconto, enquanto durarem os estoques. É possível encontrá-los em três pontos de vendas: Shopping Pátio Paulista (São Paulo), Rio Sul e Barra Shopping (Rio de Janeiro).

A linha de maquiagens coloridas e de preço acessível mudou de mãos recentemente. A L’Oreal comprou a NYX em 2014 e a relançou no Brasil em 2017. Antes seus produtos eram vendidos por meio de importadores.

A fuga das marcas de luxo

Ao contrário do que acontece com a saída de empresas em outros setores, marcas de luxo estão deixando o Brasil sem muito alarde. De acordo com O Estado de S. Paulo, o setor encolheu 14,6% em 2016 e 8,5% em 2017 – movimento que continua a ocorrer.

A projeção é de que o número de marcas estrangeiras de luxo tenha diminuído cerca de 25% no Brasil nos últimos três anos, desde o auge da crise econômica. Mas não somente a recessão da economia interferiu na mudança de planos dessas marcas, algumas das quais há décadas instaladas no País.

Saiba mais: Calvin Klein fechará sua linha de coleções de luxo

“Além da carga tributária, que é um dos principais problemas do setor, o mercado brasileiro tem características muito próprias, com as quais eles não estão habituados, como as compras parceladas ou as diferenças regionais”, diz Claudio Diniz, autor do livro ‘O Mercado do Luxo No Brasil: Tendências e Oportunidades’, em entrevista ao jornal. “Vender luxo em São Paulo é completamente diferente de vender no Rio, em Brasília ou Curitiba”.

Guilherme Caetano

Compartilhe sua opinião