Maia: vou me empenhar em favor da reforma da Previdência

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reafirmou neste sábado (23) que vai trabalhar pela aprovação da reforma da Previdência social. O deputado explicou que a partir da próxima segunda-feira (25) irá se empenhar par dar andamento a proposta do governo.

O presidente da Câmara afirmou que levará adiante as articulações políticas necessárias para a aprovação da reforma da Previdência social. Ele declarou que vai conversar com os integrantes do governo federal sobre a questão. Maia falou com os jornalistas  ao chegar para o congresso nacional extraordinário do PPS, em Brasília.

“Na próxima semana, a gente precisa voltar a trabalhar pela reforma da previdência. Eu, dentro da Câmara, junto com os partidos, com os deputados, e o presidente da República assumindo de forma definitiva o seu papel: a articulação em torno do governo”, afirmou Maia.

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Para o presidente da Câmara, é fundamental que o presidente Jair Bolsonaro atue diretamente na construção de base parlamentar para aprovação da reforma da Previdência. O texto da reforma está atualmente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. A proposta aguarda a indicação de relator para iniciar a tramitação.

“Essa emenda constitucional veio [ao Congresso Nacional] e o autor: o Poder Executivo. O Poder Executivo, tenho certeza, seu presidente vai começar a convidar cada deputado que pensa em votar à favor para explicar os motivos da importância para o governo, para o país – principalmente – e vai assumir essa grande liderança em relação à sociedade, ao Executivo, e o Parlamento”, explicou Maia.

Para o presidente da Câmara dos Deputados, o impasse em torno da reforma da Previdência foi superado. O parlamentar atribuiu o desgaste entre Legislativo e PoderExecutivo às pessoas “do entorno do governo”. “Do meu ponto de vista, ela nunca deveria ter sido criada. Mas, ela foi criada pelo entorno do governo”, afirmou Maia.  Segundo ele, a crise foi debelada e o momento é de seguir em frente.

“Para mim já acabou [a crise]. Falei o que eu tinha para falar. Agora quero focar naquilo que eu acredito que é fundamental: ajudar o Brasil, reorganizar o Estado brasileiro para que o Estado brasileiro deixe de servir à poucas corporações públicas e privadas e passe a servir à sociedade brasileira”, ressaltou o presidente da Câmara.

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Na última sexta-feira (22), o presidente da CCJ, deputado Felipe Francischini, disse que aguardará a organização da base aliada para indicar o relator da reforma da Previdência na comissão. A comissão analisará se a reforma proposta está em conformidade com a Constituição.

Em seguida o texto transitará para a discussão em comissão especial. Somente depois da aprovação será votado pelo plenário. Para ser aprovada, a medida precisa de apoio de dois terços dos deputados (308 de 513) e deverá ser votada em dois turnos, antes de prosseguir para a análise do Senado. Isso porque se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

Bolsonaro: responsabilidade é do Congresso

Por sua vez, o  presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (23) que a responsabilidade pela reforma da Previdência está, neste momento, com o Parlamento brasileiro.

O presidente falou do Chile, onde se encontra em visita oficial desde a última quinta-feira (21). Além da reforma da Previdência social, Bolsonaro disse também que algumas pessoas “não querem largar a velha política” no Brasil.

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“Temos preocupações, sim, com as discussões que ocorrem por ocasião da reforma da Previdência e queremos aprová-la. Entendemos que é o único caminho que temos para alavancar o Brasil juntamente com outros países da América do Sul para o lugar de destaque que nós merecemos estar”, afirmou Bolsonaro.

Para o presidente, a responsabilidade no momento pela reforma da Previdência está no Congresso brasileiro. “Eu confio na maioria dos parlamentares que essa não é uma questão de governo, mas sim uma questão de Estado. É uma questão para nós, no Brasil, não enfrentarmos situações que outros países enfrentaram, como na Europa”, explicou mandatário.

Carlo Cauti

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