M. Dias Branco (MDIA3) tem resultado fraco com ‘estratégia comercial controversa’

A M. Dias Branco (MDIA3) reportou na última quarta-feira (1) uma queda no lucro líquido do quarto trimestre de 2020 de 21,1%, para R$ 209,0 milhões, interrompendo uma sequência de quatro altas trimestrais consecutivas. Para o BTG Pactual (BPAC11), o resultado ressalta “o quão difícil a vida ainda pode ser em 2021”.

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A vendas da M. Dias Branco subiram leve 0,4%, alcançando R$ 1,702 bilhão ante R$ 1,694 bilhão do quarto trimestre de 2019, enquanto a média de preços mais elevada “fez pouco para evitar a imensa queda de 9,1% da margem bruta, a menor já registrada em custos mais elevados de matéria-prima e desalavancagem operacional”, destacaram os analistas do banco.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) da companhia ficou em R$ 192,2 milhões, recuo de 33,5% frente aos R$ 289,2 milhões do quarto trimestre do ano anterior.

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Os volumes da M. Dias Branco encolheram 15%, com recuo em todas as categorias principais, com a empresa “claramente” tentando recompor as margens por meio de um aumento médio de preço, observou o BTG Pactual.

“O mais intrigante para nós é que a M. Dias Branco está empurrando os preços muito à frente da concorrência, apesar de ser verticalmente integrada e manter vários meses de estoque de matéria-prima”, destacou o banco. “Também acreditamos que a maior exposição da companhia à região nordeste, onde o impacto da ajuda financeira do governo é indiscutivelmente maior, poderia explicar a maior elasticidade de preço.”

BTG tem cautela com M. Dias Branco

Segundo relatório, o BTG Pactual acredita que a companhia, bem como o resto da indústria, deve ser capaz de forçar os preços para cima nos primeiros meses de 2021, compensando a inflação de commodities, aliada ao câmbio.

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Apesar disso, na análise do banco, deve demorar alguns trimestres para haver uma recuperação das margens, ainda com “forte dose de pressão de volume”.

“Com uma estratégia comercial controversa em andamento, um macro mais difícil e baixa visibilidade nas margens de longo prazo, permanecemos cautelosos com as ações [da M. Dias Branco]”.

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Arthur Guimarães

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