Lula no G7: principais acontecimentos da participação do Brasil na cúpula nesse final de semana

Nesse último final de semana, de 19 a 21 de maio, aconteceu o encontro internacional do G7, em Hiroshima, no Japão. Convidado, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) representou o Brasil no evento que reúne líderes de sete das maiores economias do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

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O representante brasileiro participou de encontros bilaterais com 11 chefes de governo e entidades. .A seguir, confira alguns dos momentos mais relevantes do final de semana:

Discussão com empresários japoneses

Lula se encontrou com grandes empresários japoneses, em Hiroshima, para debaterem a respeito de novas oportunidades de investimento em tecnologia de ponta no Brasil, com foco para a transição energética e desenvolvimento.

Entre as oportunidades de investimentos verificadas no Brasil, segundo a presidência, estão a fabricação de veículos híbridos destinados ao mercado asiático; a produção de hidrogênio verde para a siderurgia mundial, que proporciona a redução da emissão de gás carbônico; e desenvolvimentos em inteligência artificial (IA) para telecomunicações.

No domingo, 21, Lula participou do encontro com o “Grupo de Notáveis”, nome dado a dirigentes de grandes grupos empresariais japoneses com investimentos no Brasil. A importância de uma parceria entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Japão para Cooperação Internacional (JBIC) foi colocada em pauta pelo presidente.

Estavam presentes empresários de grupos muito tradicionais no Japão, dos setores automotivo (Toyota), trading (Mitsui), eletrônico e comunicações (NEC) e siderúrgico (Nippon Steel), além do JBIC. Recentemente, representantes do JBIC também estiveram reunidos no Brasil com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.

“Ainda segundo o presidente, o diálogo com o grupo prosseguirá, bem como os planos discutidos na reunião. Além disso, o governo brasileiro irá promover novos contatos entre o grupo de notáveis japoneses e o empresariado brasileiro, para ampliação de parcerias e investimentos”, comunicou a presidência em nota oficial.

Desencontro com Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, justificou sua ausência no encontro com o presidente Lula na cúpula do G7 devido a incompatibilidades de agenda, e comentou achar que o representante brasileiro “ficou decepcionado”.

Segundo a Presidência brasileira, o Brasil havia oferecido mais de uma opção de horário disponível. O pedido inicial para a reunião teria partido do líder europeu e assim como com outros representantes, esperava-se que Zelensky também se encontrasse com Lula.

A participação da Ucrânia no evento foi justamente a fim de buscar um posicionamento mais firme dos países contra a atuação da Rússia na guerra na Ucrânia. No Instagram, o representante agradeceu ao G7, dizendo que “o respeito por todos os ucranianos é especial” e citou diversos líderes globais, como o presidente norte-americano Joe Biden, mas não chegou a citar o nome de Lula.

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Guerra na Ucrânia

“Em linha com a Carta das Nações Unidas, repudiamos veementemente o uso da força como meio de resolver disputas. Condenamos a violação da integridade territorial da Ucrânia,” afirmou Lula em sessão de trabalho do G7 e países convidados.

O presidente brasileiro também lamentou que “ao mesmo tempo, a cada dia em que os combates prosseguem, aumentam o sofrimento humano, a perda de vidas e a destruição de lares” e adicionou que é preciso haver um diálogo e negociações em busca de uma solução pacífica.

Região amazônica

Em uma conversa com jornalistas em Hiroshima, Lula também comentou a respeito da criação de uma política unificada entre países que englobam a Amazônia. Além disso, ele ressaltou aimportância desse acordo englobar os povos indígenas, como proteção das 28 milhões de pessoas que habitam a região.

O presidente brasileiro também cobrou aos países ricos de cumprirem com os compromissos assumidos no âmbito internacional, como a doação de US$ 100 bilhões ao ano para que países em desenvolvimento preservem suas florestas. “Em todas as COPs [Conferências do Clima das Nações Unidas] as pessoas falam que vão doar US$ 100 bilhões. Nós estamos aguardando”, disse.

Ainda na pauta climática, Lula falou de punições para os países que descobrem com os esforços acordados e que é preciso haver uma governança global mais assertiva.

“Ou todos nós entendemos que o barco é um só, que o planeta é redondo, ou entendemos que uma desgraça que vier vai pegar todo mundo de calça curta. Os cientistas estão nos prevenindo, então é importante termos clareza de que nós seremos os responsáveis de nos salvar ou de nos matar”, disse.

Em agosto, acontece a Cúpula da Amazônia, evento que reunirá os chefes de Estado dos oito países que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), em Belém.

Despedida

No domingo, 21, a noite, Lula fez um pronunciamento oficial em partida do G7: “Saio [do Japão] mais otimista do que nunca. A chance do Brasil estabelecer parcerias fortes na área comercial, cultural e política é muito grande.”

Com informações de Agência Brasil.

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Camila Paim

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