Loft, startup de compra e reforma de imóveis, capta R$ 216 mi para expansão

A Loft, startup de compra e reforma de venda de imóveis, anunciou a captação de R$ 216 milhões em fundo imobiliário gerido pela corretora Credit Suisse Hedging-Griffo (CSHG).

A companhia está em processo de ampliação de suas atividades. No acumulado deste ano, o valor das vendas dos apartamentos saltou de R$ 47 milhões para R$ 610 milhões. Apenas entre setembro e outubro, a Loft vendeu 350 imóveis em São Paulo.

Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, um dos fundadores da empresa, Mate Pencz, disse que “os recursos serão usados apenas para comprar, reformar e vender apartamentos, captado com investidores institucionais e family offices brasileiros, com prazo de dois anos”.

Saiba mais: Pitzi, startup de seguros de celulares, recebe investimento de R$ 60 milhões

O valor captado será acrescido aos R$ 100 milhões de um primeiro fundo imobiliário levantado em fevereiro, também junto à CSHG. No total, a startup possui R$ 550 milhões para investir em imóveis.

Ascensão da Loft

Criada em agosto do ano passado, a Loft, que já é avaliada em R$ 1,5 bilhão, levanta os dados de transações imobiliárias para conseguir construir uma base confiável de informações sobre determinada localidade.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2020/10/c2933fcd-relatorio-itau-2.0-1.png

Com isso, realiza propostas de compra para apartamentos usados em vizinhanças específicas. Depois de comprados, os imóveis são reformados por empreiteiros parceiros, por meio de uma padronização de marcas para conseguir ganhar escala.

“Hoje, conseguimos completar um ciclo de compra e venda de um imóvel em torno de quatro meses meses. Considerando que o custo médio de aquisição e reforma é de R$ 1,3 milhão, vamos completar até seis ciclos no prazo deste novo fundo”, disse Pencz. “Ao todo, serão cerca de 1,2 mil apartamentos só com os recursos captados agora.”

Inicialmente, a startup atuava em três bairros de alto padrão em São Paulo, com preços a partir de R$ 1 milhão. São eles:

  • Itaim
  • Jardim Paulistano
  • Jardins

Atualmente, a Loft já opera em 16 bairros diferentes, em regiões de classe média alta, como Vila Mariana, Paraíso e Perdizes. “Estamos começando a ter apartamentos de metragem menor, a partir de 25 m², com valor mínimo a partir de R$ 600 mil”, salienta Pencz.

Para o ano que vem , a meta é continuar ampliando o espaço em São Paulo, chegando a bairros como a Bela Vista e à Zona Leste. “Temos uma estratégia que vai de um bairro adjacente ao outro, então em breve vamos pegar a Radial Leste”, declarou o executivo.

Confira: Kovi, startup de aluguel de veículos, recebe aporte de US$ 30 milhões

A expansão da startup também deverá chegar a outras cidades em 2020. A empresa já está adquirindo imóveis no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Nos próximos meses, o objetivo é passar a operar em Curitiba, Porto Alegre, Belo Horizonte e “talvez Brasília”, segundo o empreendedor.

Além das principais cidades do País, a startup também foca em crescer no exterior. Uma das grandes oportunidades, segundo os fundadores, é a Cidade do México. Para isso, a Loft contratou Juan Pablo Ramos, ex-diretor de expansão regional do Uber Eats na América Latina.

O executivo já iniciou a montagem de um time próprio na região. “Será uma operação embrionária, por enquanto, mas o nosso modelo viaja bem de cidade para cidade. Há outras boas oportunidades na América Latina”, afirma o presidente executivo da Loft.

Jader Lazarini

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno