Liminar não gera efeito negativo para indústria das armas, diz associação

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, suspendeu na última segunda-feira (13) parte dos decretos do presidente Jair Bolsonaro que possuíam o objetivo de desburocratizar e ampliar o acesso a armas de fogo e munições no país. Para a LRCA Defense Consulting, a liminar não gera qualquer impacto negativo para as indústrias brasileiras de armamento leve e munições, sob o argumento de que os decretos ainda não estavam vigorando.

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De acordo com a associação, “de maneira geral, é possível afirmar que a situação apenas retroage ao que vigia até ontem, porém melhorada pelos dispositivos mantidos, os quais – estes sim – poderão trazer consequências, mas positivas para essas empresas” da indústria das armas.

A LRCA explica que alguns importantes dispositivos previstos nos referidos decretos não foram atingidos e, portanto, passam a vigorar. Diante disso, confira os principais itens mantidos:

  • Menos burocracia no procedimento para os CACs: processos eletrônicos, atendimento todos os dias, agrupamento de atos administrativos no mesmo processo.
  • Para auditores, magistrados e promotores: o cumprimento dos requisitos legais e regulamentares necessários ao porte e aquisição de armas de fogo poderá ser atestado por declaração da própria instituição.
  • Carregadores deixam de ser PCE (Produtos Controlados pelo Exército).
  • Integrantes das Forças Armadas, das polícias, das guardas municipais e outros relacionados poderão adquirir, anualmente, insumos para recarga de até cinco mil cartuchos nos calibres das armas de fogo registradas em seu nome, mediante a apresentação do certificado de registro de arma de fogo válido.
  • Mantém a figura do Tiro Recreativo.

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STF suspende decreto que amplia acesso a armas

A liminar exarada ontem pela ministra Rosa Weber, suspendeu trechos de quatro decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro que flexibilizaram o acesso a armamento e munições no país, e que entrariam em vigor hoje.

Segundo a ministra, os decretos estão “já inseridos em pauta do Plenário Virtual para apreciação do Colegiado”.

Na semana passada, o Senado Federal retirou a pauta que anula o decreto e a Taurus (TASA4) viu seus papéis subirem quase 5%. Portanto, a medida poderá impactar as negociações da fabricantes de armas hoje.

A decisão da Ministra foi motivada por uma ação direta de inconstitucionalidade protocolada pelo PSB em fevereiro deste ano, mês em que os decretos foram editados.

A decisão individual está valendo, mas ainda será julgada definitivamente pelo plenário da Corte. Esses decretos das armas começariam a valer hoje e por esse motivo Weber resolveu analisar sozinha.

O julgamento será no plenário virtual e começará na sexta-feira (16). Os ministros terão uma semana para colocar seus votos no sistema eletrônico da Corte, sem necessidade de se reunirem para debater o tema.

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Rafaela La Regina

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