Líderes devem se ocupar com a insatisfação social em Davos, diz FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) pediu para que os líderes mundiais que irão se reunir em Davos, na Suiça, cuidem da insatisfação social, nesta segunda-feira (21), em Davos, na Suíça, onde acontecerá o Fórum Econômico Mundial (FMI).

De acordo com o FMI, a insatisfação social é uma preocupação verdadeira, se referindo aos “coletes-amarelos” que atuam na França.

Conforme dito em entrevista coletiva, a economista-chefe do Fundo Econômico, Gita Gopitath, acredita que “o importante não é esperar uma escalada de riscos políticos, mas que os dirigentes políticos se ocupem de evitar essa insatisfação”

Coletes-amarelos

Os coletes amarelos começaram a protestar em 17 de novembro de 2018.

Esses manifestantes tês se multiplicado ao longos dos últimos meses, onde questionam o aumento dos impostos sobre combustíveis. Além disso, questionam uma série de medidas econômicas do governo francês.

No entanto, a gasolina subiu 23% no país, entre outubro de 2017 e outubro de 2018, desta forma os motoristas e principalmente caminhoneiros se tornaram a linha de frente dos protestos.

Além disso, o que mais motiva os protestos é o percentual de impostos sobre os combustíveis que representam entre 56% e 60% dos produtos.

A vestimenta do grupo, o colete amarelo, que virou marca registrada é na verdade uma uma peça obrigatória para todos os motorista franceses carregarem dentro de seus automóveis.

Fórum Econômico Mundial

O Fórum Econômico Mundial (FEM) é um encontro anual onde participam os principais líderes mundiais.

O Fórum foi criado em 1971, quando ainda era chamado de Fórum Europeu de Gerenciamento.

No entanto, o encontro é conhecido também como Fórum de Davos, por acontecer em Davos, cidade Suiça.

De acordo com os organizadores, o Fórum tem como objetivo “melhorar a situação do mundo” através de ações tomadas e executadas por líderes mundiais, grandes economistas, investidores e empresário.

Saiba mais: Fórum de Davos: tensões políticas e comerciais são maior risco global

Saiba mais: Fórum de Davos terá participação de equipe econômica de Bolsonaro

Neste ano, o FEM possui as premissas:

  • Diálogo crítico que deve ser baseado em múltiplas partes interessadas e uma globalização que deve ser responsável e responder aos interesses regionais e nacionais;
  • Coordenação internacional deve ser alavancada na ausência de cooperação multilateral;
  • Enfrentar os maiores desafios globais requer esforços colaborativos de empresas, governo e sociedade civil;
  • Crescimento global deve ser inclusivo e sustentável.

Brasil em Davos

Jair Bolsonaro embarcou à Davos no último domingo (21).

No entanto, os objetivos principais de Bolsonaro durante o evento são:

  • destacar a importância da reforma da Previdência Social para as contas públicas;
  • e buscar ampliar as exportações brasileiras , demonstrando que há ambiente favorável para negócios.

Os ministros que acompanharam o presidente na viagem são:

  • Paulo Guedes (Economia);
  • Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública);
  • Ernesto Araújo (Relações Exteriores);
  • Augusto Heleno (GSI);
  • e Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência).

Relatórios FMI

O FMI divulgou novas projeções nesta segunda-feira (21) em relação a economia global.

Desta forma, o fundo diminuiu a previsão de alta global de 3,7% (outubro) para 3,5% em 2019. Além disso, foi rebaixada a previsão de alta de 2020, de 3,7% (outubro) para 3,6%.

De acordo com o órgão, os resultados expostos no relatório se referem a guerra comercial e a desaceleração da Europa e alguns mercados emergentes.

Entretanto, para o Brasil, o FMI estimou um crescimento de 2,5% da economia brasileira.

Renan Bandeira

Compartilhe sua opinião