Joe Biden: Conheça o novo presidente dos Estados Unidos

O democrata Joe Biden, novo presidente dos EUA, chega ao Salão Oval com uma longa experiência política na bagagem. Hoje no centro das atenções mundiais, Biden começou sua vida como uma criança que tinha dificuldades de fala, enquanto seu pai era vendedor de carros usados. Suas primeiras investidas na política aconteceram com bastante empenho e pouco dinheiro, em meio a uma grande tragédia familiar.

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Conheça um pouco mais sobre a trajetória do novo presidente dos EUA:

Desafios no início da vida

Nascido em 1942, ele é o filho mais velho de Catherine Eugenia e Joseph Biden, um representante de vendas da companhia de petróleo Amoco, que perdeu seu emprego depois da Segunda Guerra Mundial. Depois de se mudar da Pensilvânia para Delaware, o pai do novo presidente dos EUA conseguiu um trabalho como vendedor de carros usados.

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Embora hoje acostumado aos holofotes, Biden tinha dificuldades para falar e sofria de gagueira, o que fez dele uma criança pouco popular na escola. A situação era atenuada pelo fato de que Biden era um dos principais jogadores de futebol do colégio. Seu desempenho escolar, no entanto, deixava a desejar.

Já na faculdade de Ciência Política e História (na Universidade de Delaware), ele conheceu em uma viagem com amigos a estudante Neilia Hunter. Eles se casaram em 1966. Depois de se formar, ele cursou Direito na Universidade de Syracuse.

Trajetória política de Joe Biden

A trajetória política de Biden começou sem grandes pretensões. Formado em direito, ele conseguiu um emprego no escritório de um político democrata e decidiu se filiar ao partido. Sua primeira empreitada em um cargo político foi no estado de Delaware, em uma posição similar à Assembleia Legislativa. Desde sua primeira eleição até hoje, ele nunca perdeu uma eleição no voto popular.

Dois anos mais tarde, concorreu ao Senado, mesmo com poucos recursos para sua campanha. Sua estratégia era conversar com os eleitores na rua sobre suas propostas, que incluíam o fim da Guerra do Vietnã, maiores direitos civis, uma revisão tributária e a preservação do meio ambiente.

Foi assim que ele conseguiu sua eleição no Senado, que seria seguida por outras seis vitórias seguidas no período de 1972 e 2008. Como senador, ele se destacou em debates sobre temas internacionais, além de ter mostrado talento para negociar acordos entre democratas e republicanos.

No entanto, ele chegou a se posicionar a favor de guerras e contra pautas progressistas. Mais tarde, ele manifestou ter se arrependido de algumas opiniões do passado, principalmente da aprovação de uma lei que elevou o número de prisões de negros e latinos no País.

Sua atuação na área de relações internacionais foi relevante durante sua experiência como Senador.

Em 2008, ele decidiu abandonar o Senado para assumir a posição de vice-presidente dos EUA durante a gestão de Barack Obama.

Drama pessoal

Apesar do sucesso profissional, a vida de Joe Biden foi marcada por uma tragédia pessoal. Sua esposa Neilia e um dos três filhos do casal, Naomi, morreram em um acidente de carro. As outras duas crianças – Hunter e Beau – sobreviveram ao acidente.

Cinco anos depois, Biden se casou com a professora Jill Tracy, com quem teve uma filha, chamada Ashley, em 1981. Décadas mais tarde, em 2015, Biden perdeu seu filho mais velho, Beau, que sofria de câncer no cérebro.

O caminho para a presidência

A primeira vez que Biden concorreu para a presidência foi em 1988. Diferente da sua primeira disputa no Senado, desta vez ele contou com grandes volumes de doações para a sua campanha. No entanto, ele não conseguiu ganhar, e ainda ficou conhecido pela gafe de plagiar um político britânico em seus discursos.

A segunda tentativa veio no final do governo Bush, mas ele não conseguiu despertar o interesse dos eleitores e acabou desistindo de se candidatar. Foi então que recebeu o convite para ser vice de Obama. Ele atuou no governo Obama durante oito anos, entre 2009 e 2016.

Em julho de 2019, Biden entrou na briga pela presidência dos Estados Unidos. Antes disso, ele costumava ser visto como potencial candidato democrata, mas demorou para confirmar que estava no páreo. No começo da disputa das primárias democratas, Biden não era o favorito.

Mas a desistência de outros candidatos, como Bernie Sanders e a crescente adesão da população negra a Biden abriram o caminho para ele concorrer contra Donald Trump. Ele escolheu Kamala Harris como vice-presidente.

Conheça as propostas de Biden

Biden é um crítico feroz de Trump em relação à forma com que ele combateu a pandemia. Além disso, critica sua política divisionista. Entre suas propostas estão a creche pública universal e um plano de US$ 1,7 trilhão para combater mudanças climáticas pela descarbonização. Ele também defende que sejam criados empregos “verdes”, além da ampliação ilimitada da saúde pública do país.

Para a economia, as propostas de Biden se concentram em dois pilares. Um deles é o incentivo à permanência de empresas dentro do país, estimulando a criação de empregos.

Outro é um “Green New Deal“, que prevê investimentos de até US$ 2 trilhões (cerca de R$ 11,22 trilhões) para direcionar a economia dos EUA à uma posição menos danosa ao meio ambiente. Os recursos para tais investimentos viriam de maiores impostos sobre grandes fortunas e megaempresas (com a alíquota do imposto de renda saindo de 21% para 28%).

O mercado também espera que, ao menos no curto prazo, as tensões com a China, no âmbito da guerra comercial, possam arrefecer. Entretanto, Biden já disse que quer que a China “jogue pelas regras internacionais”, indicando que um resquício do conflito deve permanecer.

O democrata Biden quer aumentar significativamente a utilização de energia limpa nos setores de eletricidade, construção civil e transporte, ajudando a impulsionar a infraestrutura do país.

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Natalia Gómez

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