JBS (JBSS3) tem avanço de 65% no lucro líquido do 4T20, para R$ 4 bilhões

A JBS (JBSS3) apresentou lucro líquido de R$ 4 bilhões no quarto trimestre de 2020. Esse valor é equivalente a alta de 65% na comparação com o mesmo período em 2019. Já no acumulado do ano, a empresa reportou lucro líquido de R$ 4,6 bilhões, queda de 24,2%.

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De acordo com o release, o lucro por ação no período de outubro a dezembro foi de R$ 1,53. Já em 2020, o lucro por ação totalizou R$ 1,73. “Vale ressaltar que, em 2020, a JBS retornou valor aos acionistas, apresentando dividend yield de 2,4%”, informou o documento.

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A receita líquida ficou em R$ 76 bilhões, aumento anual de 33,1%. Por sua vez, em 2020 a receita totalizou R$ 270,2 bilhões, crescimento de 32,1%.

Já o Ebtida ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 7,034 bilhões, alta de 24,1% ante o quarto trimestre do ano passado, com margem de 9,2%. No acumulado do ano, o Ebitda ajustado foi de R$ 29,6 bilhões, crescimento de 48,7% ante 2019, com margem de 10,9%.

A dívida líquida da companhia somou R$ 46,227 bilhões, 7,5% superior ao reportado em igual trimestre de 2019, de R$ 42,994 bilhões, em virtude da desvalorização do real frente ao dólar. Em dólares, a dívida líquida diminuiu de US$ 10,666 bilhões para US$ 8,895 bilhões.

Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, ficou em 1,56 vez em reais e 1,58 vez em dólares no quarto trimestre, contra 2,16 vezes e 2,13 vezes, respectivamente.

Segundo o documento da JBS, com a baixa alavancagem, a empresa usou a geração de caixa livre para as seguintes demandas:

  • Fazer aquisições relevantes, como o negócio de margarinas da Bunge e as unidades produtivas de case-ready da Empire Packing;
  • Crescimento orgânico, investindo na ampliação da capacidade produtiva;
  • Retorno para o acionista, por meio do pagamento de dividendos e do plano de recompra de ações;
  • Redução do endividamento líquido em dólares.

Dados operacionais do 4T20 por unidade da JBS

Por unidade de negócio, o maior crescimento no Ebitda ajustado foi da Pilgrim’s Pride, com alta de 53,5%, seguido pela Seara, com avanço de 50,8%, e pela JBS Brasil, que teve aumento de 41,2%. O Ebtida ajustado da JBS USA Beef teve crescimento de 6,6%, enquanto o da JBS USA Pork caiu 4,7% no período.

A marca brasileira Seara teve receita líquida 31,8% maior no trimestre ante igual período do ano anterior, para R$ 7,541 bilhões. A companhia atribui o resultado a um aumento de 5,6% no volume vendido e de 24,9% no preço médio de venda. As vendas no mercado interno, que responderam por 54% da receita da unidade, totalizaram R$ 4,1 bilhões, aumento de 33,2% ante igual período de 2019.

“Mais uma vez, a categoria de produtos preparados se destacou, registrando um crescimento de 13,3% no volume e de 23,2% no preço médio de vendas no período”, disse a JBS em comunicado enviado à imprensa. No mercado externo, a receita líquida da Seara foi de R$ 3,5 bilhões, um crescimento de 30,2% em relação ao quarto trimestre de 2019.

A JBS Brasil registrou de outubro a dezembro uma receita 39,9% maior na comparação anual, de R$ 13,396 bilhões, fruto de um crescimento de 38,8% no preço médio, com volumes praticamente estáveis, mesmo com a queda de 5,6% no número de animais processados no período, segundo a empresa.

Nesse segmento, o mercado doméstico teve alta de 46,3% na receita líquida, que chegou a R$ 7,6 bilhões. “Esse crescimento resulta, principalmente, do desempenho do negócio de carne bovina, Friboi, que registrou aumento tanto no volume de carne bovina in natura quanto no preço de venda, de 15% e 30%, respectivamente.” Já no mercado externo, a receita foi 32,4% maior na mesma base comparativa, de R$ 5,8 bilhões.

Segundo a JBS, as vendas de carne bovina in natura, que corresponderam a 84% das vendas do negócio no mercado externo, tiveram crescimento tanto em volume quanto em preços, com destaque para China e Hong Kong, cuja receita de vendas cresceu cerca de 60% no período.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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