J.P. Morgan cria indicador para analisar impacto do Twitter de Trump no mercado

O banco de investimento norte-americano J.P. Morgan criou um índice que analisa os efeitos no mercado dos tweets de Donald Trump. O índice verifica o impacto das mensagens postadas nas redes sociais pelo presidente dos Estados Unidos.

O novo índice do J.P. Morgan analisa o impacto no mercado de renda fixa dos Estados Unidos, em específico na volatilidade implícita dos rendimentos de 2 e 5 anos.

O gráfico do índice também avalia a taxa de relação de palavas de Trump e reação nas Treasuries de 10 anos cinco minutos depois da postagem da mensagem.

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“Isso faz sentido pois muito dos tweets do presidente tiveram como foco o Federal Reserve (Fed), e as tensões comerciais são amplamente avaliadas, em primeiro lugar, exercendo impactos na performance econômica de curto prazo, além da reação do Fed às mensagens”, informaram os analistas do J.P. Morgan liderados por Savita Subramanian.

Postagem compulsiva de Trump

Desde sua eleição, em 2016, Trump realizou em média 10 tweets por dia para um público de seguidores de aproximadamente 64 milhões de perfis. No total, o presidente dos EUA totalizou cerca de 14 mil mensagens.

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“Mensagens em torno das negociações comerciais e campanha política contribuíram para a volatilidade, da política do Federal Reserve à China, passando pela política de impostos”, informou o J.P. Morgan.

Por exemplo, os analistas do banco norte-americano avaliaram que as novas tarifas anunciadas por Trump em agosto levaram a uma diminuição na projeção de crescimento dos lucros da própria instituição financeira de 2019 e 2020, “quando os impactos indiretos na confiança dos empresários e do consumidor podem ser significativos”.

Produto digital do J.P. Morgan

O novo índice é apenas mais uma inciativa digital do J.P. Morgan. O banco de Nova York lançou no mês passado uma plataforma de investimento digital chamada de You Invest Portfolios. A taxa anual será de 0,35% de ativos ou 35 pontos base. A carteira de investimentos será composta pelos fundos negociados na bolsa do banco, ou ETF.

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De acordo com o banco J.P. Morgan a taxa está de acordo com suas concorrentes como a Wealthfront. No entanto, o destaque está na renúncia de taxas pelos investimentos subjacentes.

A corretora digital do J.P. Morgan e a nova plataforma de portfólio operam dentro do aplicativo e website Chase, que tem mais de 50 milhões de usuários nos Estados Unidos.

Os ETF usarão o custo de alcance de aproximadamente de 2 a 50 pontos base. De acordo com Laskowitz, os usuários economizarão média de 15 pontos base nas taxas.

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O J.P. Morgan está planejando novas atualizações para o You Invest. No próximo mês, o produto digital adicionará duas opções, uma de negociação e a outra a capacidade de rastrear investimentos mantidos em outro lugar.

Carlo Cauti

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