Itaúsa (ITSA4) vende 17% de sua participação na XP

A Itaúsa (ITSA4), holding controladora do Itaú (ITUB4), vendeu 17% de sua posição na XP, o que corresponde a 7,8 milhões de ações.

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Segundo o fato relevante da Itaúsa, a operação corresponde 1,39% do capital da corretora e movimentou R$ 1,2 bilhão. A venda foi realizada durante uma oferta secundária na bolsa de valores dos Estados Unidos (Nasdaq), onde a XP é listada.

“Dessa forma, a Itaúsa passa a deter 76,4 milhões de ações ordinárias Classe A de emissão da corretora equivalente a 13,67% do capital total da XP e 4,30% de seu capital votante”, informou o documento

Apesar da venda, o acordo de acionistas, no qual a Itaúsa pode indicar membros ao conselho de administração e ao comitê de auditoria da XP, permanece inalterado.

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O documento destaca ainda que, o ganho da alienação impactará positivamente os resultados da Itaúsa do quarto trimestre em aproximadamente R$ 900 milhões, líquido de impostos.

“A alienação decorre da decisão estratégica da companhia de diversificar seu portfólio em ativos do setor não financeiro, bem como o da busca contínua pela melhor alocação de seu capital.”

Como parte do acordo em 2017, o Itaú ainda tem uma opção de compra de 11,38% das ações da XP em 2022.

Cisão entre Itaú e XP

Em maio de 2017, o Itaú Unibanco anunciou a intenção de adquirir o controle da XP em três etapas, a primeira seria cerca de 49,9% da companhia após a aprovação regulatória, em 2020 o banco também adquiriu 12,5% da corretora. Por fim, as compras terminariam em 2022 com um adicional de 11,3%.

Mas, na prática não aconteceu dessa forma. A participação de 49,9% adquirida em 2018 foi diluída para 46% após a abertura de capital (IPO) da XP em novembro de 2019. Em dezembro de 2020, o banco vendeu 4,5% de sua participação na XP, reduzindo sua participação para 41%.

Naquele mesmo ano, o Itaú anunciou a intenção de cindir sua participação na XP com a possibilidade de vender até 5% do capital social da corretora.

A movimentação foi  fruto do imbróglio societário que começou com uma briga de visões entre ambas as companhias, sendo a desbancarização defendida pela XP. Várias etapas ocorreram desde então, com as ações sendo inicialmente segregadas em uma companhia chamada XPart, que foi incorporada pela XP.

Com a cisão, decidida pela controlada do Itaúsa no ano passado, cerca de 90 milhões de títulos da empresa passaram a ser negociados na Bolsa brasileira. Pelo valor das ações da XP de ontem, as BDRs representam mais de R$ 20 bilhões.

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Poliana Santos

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