Itaú (ITUB4) pagará R$ 7,9 bilhões em segunda aquisição da XP Inc (XPBR31)

Parece que a novela do Itaú Unibanco (ITUB4) com a XP Inc. (XPBR31) não chegou ao final. Em formulário de referência entregue pelo banco à Comissão de Valores Mobiliários nesta quinta-feira (28), o Itaú informa que pagará R$ 7,9 bilhões em uma segunda aquisição pela compra de 11,36% do capital da XP.

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Em documento, o Itaú esclarece que a aquisição da XP já está aprovada pelo Banco Central e por órgãos reguladores no exterior, sendo a última aprovação recebida em 13 de abril de 2022. A operação deverá acontecer no segundo trimestre deste ano.

Novela entre XP e Itaú 

A primeira transação entre Itaú e XP Inc aconteceu em maio de 2017, quando o banco celebrou um contrato de para a aquisição de 49,9% do capital social da holding. Naquele momento, a corretora foi avaliada em R$ 12 bilhões e o contrato feito previa o aumento da participação do banco de forma escalonada, até atingir 75% do capital, em 2022.

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Acontece que o Banco Central proibiu o Itaú de comprar o controle da XP Inc em 2018, ao alegar controle de concentração de mercado com a conclusão da transação. Posteriormente, o BC divulgou o seu estudo que motivou a decisão.

Mas antes de encerrar o negócio com a XP, o Itaú precisava comprar 11,38% de participação na holding para concluir os compromissos contratuais já estabelecidos. Como a fusão deixou de ser uma opção, o Banco Central autorizou a transação dessa participação, visto que se trata de um percentual minoritário que não dará ao Itaú controle da XP.

Em entrevista ao Valor, o CEO do Itaú, Milton Maluhy, afirmou que a compra dessa fatia da XP não se trata de uma operação opcional, que pode ou não ser exercida, mas sim uma questão contratual que deve ser concretizada.

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Banco pretende vender sua participação

Segundo o Broadcast, a nova fatia da XP Inc a ser adquirida pelo Itaú não deverá ficar nas mãos do banco por muito tempo. A intenção dos diretores é alienar os papéis algum tempo depois da aquisição. Mas, o serviço em tempo real do Estadão não deu mais detalhes sobre as condições para a venda.

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Monique Lima

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