Itaú (ITUB4): balanço deve apresentar alta rentabilidade e nova fase digital; veja projeções

Itaú (ITUB4) se prepara para mais um trimestre de resultados expressivos — e, desta vez, com um novo capítulo de eficiência e digitalização à vista. Segundo analistas da Genial Investimentos, Eduardo Nishio, Luis Degaspari e Luis Assis, o balanço do 3º trimestre de 2025 deve revelar lucro líquido recorrente de R$ 11,84 bilhões, alta de 2,9% em relação ao trimestre anterior e de 10,9% frente a 2024.

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Mesmo levemente abaixo do consenso, o número reforça a força operacional do maior banco privado do país. Com um retorno sobre o patrimônio (ROE) estimado em 22,1%, o Itaú segue soberano entre os grandes bancos em rentabilidade e capitalização.

Os analistas destacam que 2025 deve consolidar um ciclo de lucros em dois dígitos e margens elevadas, com o foco voltado à eficiência e à monetização do ecossistema digital. O banco vem reduzindo agências e otimizando seu quadro de funcionários, ao mesmo tempo em que acelera a integração e o uso do Super App One Itaú — movimento que tende a abrir novas frentes de receita e fidelizar clientes dentro de um ambiente digital próprio. Essa combinação de tecnologia e disciplina financeira, afirmam os analistas, deve sustentar a vantagem competitiva do banco nos próximos anos.

Crescimento sólido e risco sob controle

A carteira de crédito deve chegar a R$ 1,41 trilhão, crescimento de 1,8% no trimestre e 10,6% em relação ao ano anterior, impulsionada por pessoa física e PMEs. Embora mais seletivo na originação, o banco mantém a expansão dentro do topo do guidance, preservando a rentabilidade. O custo de crédito deve atingir R$ 9,3 bilhões, acompanhando o avanço da carteira, e a inadimplência segue em níveis baixos, ainda que com tendência de leve aumento nas linhas empresariais nos próximos trimestres, com o fim da carência de créditos públicos.

A margem financeira total (NII) é projetada em R$ 31,96 bilhões, alta de 12,1% na comparação anual. O destaque continua sendo a margem com clientes, que cresce acima da carteira, sustentada por spreads maiores e gestão eficiente dos passivos. Já o NII de mercado deve somar R$ 950 milhões, número considerado forte em meio a juros elevados, resultado de uma tesouraria com estrutura de hedge mais eficiente que a dos concorrentes.

Super App e eficiência: o novo combustível do Itaú

Mesmo com despesas administrativas de R$ 17 bilhões, avanço de 6,9% em 12 meses, o banco intensifica o controle de custos, com foco em fechamento de agências e racionalização operacional. A alíquota efetiva de impostos deve recuar para 29,2%, apoiada pela alta da TJLP e pelo aumento na distribuição de Juros sobre Capital Próprio, o que contribui para aliviar a carga tributária.

O Super App One Itaú começa a ganhar tração, marcando o início de uma fase de monetização digital. Para a Genial, a integração tecnológica tende a fortalecer a relação com o cliente e ampliar o alcance do banco em serviços financeiros e não financeiros. Bem capitalizado, negociando a múltiplos ainda abaixo da média histórica (7,8x P/L 2025e e 1,7x P/VP), o Itaú segue como principal recomendação de compra entre os bancos, com preço-alvo de R$ 43,80 — o que representa um potencial de valorização de 17,5%.

Itaú divulgará o balanço do terceiro trimestre de 2025 no dia 4 de novembro, após o fechamento do mercado.

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Maíra Telles

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