Itália aprova maior pacote de estímulos de sua história contra coronavírus

O governo da Itália aprovou nesta quinta-feira (14) o maior pacote de estímulos da sua história, com o montante de 55 bilhões de euros (cerca de R$ 345,63 bilhões).

O primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte salientou, em entrevista coletiva por teleconferência, que o pacote é ambicioso e tem o intuito de “reforçar e apoiar a recuperação econômica e social do país”.

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Nesse sentido, o novo pacote inclui subsídios em fundo perdido para pequenas e médias empresas, além de benefícios a autônomos e incentivos para o setor de turismo para mitigar os impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Conforme projeções do governo italiano, o Produto Interno Bruto (PIB) sofrerá um tombo de 8% neste ano. As estimativas ocorrem em função das medidas de combate ao coronavírus que paralisaram as atividades produtivas do país.

Dessa forma, o governo italiano aprovou por meio de decreto as medidas de auxílio, que chegam a até 55 bilhões de euros. No início de março, a Itália já havia anunciado um pacote de estímulos para combater a covid-19, com a injeção de 25 bilhões de euros.

Itália cria pacote de 25 bilhões para combater efeitos do coronavírus

Segundo estimativas do governo, o valor do novo pacote deve aliviar os efeitos econômicos da pandemia. No entanto, as medidas devem elevar o déficit público da Itália, para 10,4% até 2020.

Itália prevê queda de 8% do PIB em 2020

O governo italiano havia informado, no final do mês de abril, que o PIB do país estava previsto para cair 8% neste ano, enquanto a dívida pública deveria disparar e atingir 155,7%.

Conforme apontou o Documento de Economia e Finanças, relatório que orienta os gastos públicos do governo, a Itália teria conseguido manter a retomada de crescimento econômico, sem a pandemia do novo coronavírus. As projeções para o PIB do país antes da crise eram de expansão de 0,6% do Produto.

A Itália apresenta a terceira maior economia entre os país da zona do euro e foi uma das regiões mais afetadas pela pandemia de covid-19, chamada de “cisne negro” no documento do governo.

Arthur Guimarães

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