IRB (IRBR3): “História de esqueletos guardados é inverdade”, diz CEO

O presidente do IRB Brasil (IRBR3), Antônio Cássio dos Santos, afirmou hoje que a empresa realizou uma auditoria detalhada depois dos escândalos verificados neste ano, e que todos os problemas encontrados foram ajustados pela nova administração. “Então essa história de que tem muito esqueleto na companhia, ou que tem coisa que a administração sabe e não registrou, é inverdade”, declarou.

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“Daquilo que foi identificado, não há nada que não tenha sido registrado”, disse Santos, no terceiro episódio de uma série de entrevistas que estão sendo publicadas no canal da companhia. O comentário do executivo acontece em meio à tentativa do IRB de reconquistar a confiança do mercado.

No início deste ano, a companhia enfrentou uma série de problemas, que passaram pela indicação de venda das ações por uma gestora, problemas com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e renúncia de um executivo importante, além de o desmentido da empresa de Warren Buffett sobre investimentos na empresa.

Saiba mais: IRB (IRBR3): polêmicas, bônus e “short” marcam história recente

Embora a nova administração do IRB tenha buscado transmitir otimismo ao mercado, ainda existem dúvidas sobre o futuro da empresa. Depois do balanço do terceiro trimestre da companhia, por exemplo, o BB Investimentos divulgou um relatório entitulado “precisamos falar sobre o IRB”, afirmando que a empresa tem em suas perspectivas uma “grande interrogação”.

As ações da empresa acumulam queda anual de mais de 77%. No entanto, têm mostrado recuperação, com alta mensal de quase 15%.

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CEO reforça perspectiva positiva

Em sua fala de hoje, o CEO do IRB voltou a destacar que os resultados da empresa estão melhorando. “O resultado de julho foi muito melhor, e agosto continuou a mesma tendência”, destacou.

Segundo ele, existe “muita especulação” no mercado sobre os negócios descontinuados pela empresa no terceiro trimestre, com a suposição de que estes negócios teriam cauda longa”. No entanto, o executivo afirmou que eles têm “cauda curta”.

“Os negócios descontinuados são da área de vida, referentes a apólices de vida vinculadas a pecúlio”, explicou. Segundo ele, este tipo de seguro é recebido pelas famílias depois do falecimento do titular.

“A família tem que continuar sobrevivendo, então ela avisa o seguro muito rápido. E quanto mais rápido o sinistro é avisado, menor é a cauda”, explicou.

Além disso, Santos afirmou que os negócios descontinuados são referentes à seguros de vida para cobertura de fundos de pensão no exterior. “Eu volto a insistir e esclarecer que estes sinistros têm a cauda curta.”

IRB estuda destino de créditos fiscais em Londres

O executivo informou ainda que o IRB está analisando o que fazer com créditos fiscais que possui em Londres. “Temos os créditos, eles existem, e estamos fazendo uma análise minuciosa da viabilidade de utilizá-los ou não”, afirmou.

Segundo Santos, caso os créditos não sejam utilizados, a empresa vai dar baixa nos créditos, que são intangíveis, e por isso não terão efeito no caixa da empresa. “O crédito está no nosso balanço. Eu não tenho problema de baixar este ativo, seja por questão tribuária ou custo de viabilização, ou para ter isso em linha com o estilo da nova administação.”

O crédito pode ser aproveitado em um período de dois a quatro anos, segundo o CEO do IRB.

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Natalia Gómez

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