Ipea eleva previsão para inflação de 2021 de 5,9% para 8,3%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) elevou a expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2021, que passou de 5,9% para 8,3%. O instituto informou que a inflação segue pressionada pela desvalorização cambial, alta dos preços internacionais das commodities e pela crise hídrica.

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“Em que pese essa piora no comportamento dos preços administrados e dos alimentos esperada para o ano, a expectativa de um desempenho mais desfavorável dos bens industriais e dos serviços livres também vem contribuindo para a elevação das previsões de inflação para 2021″, avaliam os técnicos do Ipea no documento Visão Geral da Conjuntura.

O instituto lembrou que o IPCA atingiu 9,68% nos últimos 12 meses até agosto, ultrapassando o limite da banda inflacionária estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2021 (5,25%). Para 2022, a expectativa é de desaceleração do índice para 4,1%.

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IPCA-15, prévia da inflação oficial, sobe para 1,14% em setembro

O IPCA-15, que mede a prévia da inflação oficial no país, chegou a 1,14% em setembro deste ano. A taxa é superior ao resultado de 0,89% de agosto deste ano e ao 0,45% de setembro do ano passado. É também a maior taxa para setembro desde 1994 (1,42%).

Com o resultado, a prévia da inflação oficial acumula taxas de 7,02% no ano e de 10,05% em 12 meses. A taxa trimestral do IPCA-15, também conhecida como IPCA-E, chegou a 2,77%. Os dados foram divulgados na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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De agosto para setembro, oito dos nove grupos de despesas registraram inflação, com destaque para transportes (2,22%), que teve alta de preços influenciada pela gasolina (2,85%), etanol (4,55%), gás veicular (2,04%) e óleo diesel (1,63%).

A alimentação e bebidas também apresentou impacto importante na alta do IPCA-15, ao registrar taxa de 1,27%, com altas de preços de produtos como carnes (1,10%), batata-inglesa (10,41%), café moído (7,80%), frango em pedaços (4,70%), frutas (2,81%) e leite longa vida (2,01%).

Também houve inflação relevante no grupo de despesas habitação (1,55%). O item que mais influenciou essa alta de preços foi energia elétrica, que ficou 3,61% mais cara no período. Por outro lado, educação foi o único grupo de despesas com deflação (queda de preços): -0,01%.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Poliana Santos

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