IPCA fica em 0,54% em janeiro, maior variação para o mês desde 2016

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,54%, 0,19 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,73% de dezembro. Foi a maior variação para um mês de janeiro desde 2016 (1,27%).

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Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2021, a variação mensal da inflação foi de 0,25%. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (9) pelo Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi influenciado, principalmente, por alimentação e bebidas (1,11%), que teve o maior impacto no índice do mês (0,23 p.p.).

“Foi a alimentação no domicílio que influenciou essa alta. Mais do que a alimentação fora do domicílio, que desacelerou de 0,98% para 0,25%. Os principais destaques foram as carnes e as frutas , que embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior, tiveram os maiores impactos nesse grupo, 0,04 p.p e 0,03 p.p, respectivamente”, explica o analista da pesquisa, André Filipe Almeida.

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Além disso, os preços do café moído (4,75%) subiram pelo 11º mês consecutivo, acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses.

Veja outros produtos que subiram:

  • cenoura: 27,64%
  • cebola: 12,43%
  • batata-inglesa: 9,65%
  • tomate: 6,21%

Já os principais recuos foram registrados nos seguintes produtos:

  • arroz: -2,66%
  • frango inteiro: -0,85%
  • frango em pedaços: -0,71%

Desaceleração do IPCA é puxada pelos transportes

A desaceleração na inflação do mês foi puxada pelos transportes, grupo com maior peso do IPCA, que recuou 0,11%, após subir 0,58% em dezembro. Esse foi o único dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados a ter queda em janeiro.

Esse recuo é consequência, principalmente, da queda nos preços das passagens aéreas (-18,35%) e dos combustíveis (-1,23%).

Veja os produtos que tiveram recuo em seus preços:

  • gasolina: -1,14%
  • etanol: -2,84%
  • gás veicular: -0,86%

O óleo diesel (2,38%) foi o único a subir em janeiro.

“A queda nas passagens aéreas pode ser explicada pelo componente sazonal” explica André Filipe Almeida. “Em relação aos combustíveis, os reajustes negativos aplicados nas refinarias pela Petrobras, em dezembro, ajudam a entender o recuo nos preços em janeiro”, acrescenta o analista do IPCA.

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Poliana Santos

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