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IPCA acelera alta para 0,23% em agosto, divulga IBGE; Confira

IPCA. Foto: Pixabay.

IPCA. Foto: Pixabay.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal termômetro da inflação oficial no Brasil, registrou 0,23% em agosto, abaixo do consenso de mercado, que era de aumento de 0,28%. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 12 meses, a inflação acumulada no país é de 4,61%, também abaixo das expectativas do mercado, que era de +4,67%. Levando em consideração apenas os meses de 2023, a alta é de 3,23%.

A inflação oficial registrada pelo IPCA no mês de agosto de 0,23% representou uma alta de 0,11 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,12% registrada em julho.

A inflação acumulada de 4,61% também está acima dos 3,99% observados em julho sobre os 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a variação havia sido de -0,36%.

“O número é positivo para o mercado. Nós já estamos visualizando que a curva de juros segue devolvendo prêmio e está caindo após a divulgação do dado. Isso pode reforçar as apostas do mercado para um corte de -0,75% para a reunião de dezembro. Já para a próxima reunião o cenário segue inalterado para um corte de -0,50% na SELIC, na minha visão”, pontuou Andre Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital.

Energia elétrica puxa preços de Habitação

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, seis registraram alta no mês de agosto. O maior impacto positivo (0,17 p.p) e a maior variação (1,11%) vieram do grupo Habitação.

Dentro deste grupo, o destaque ficou para o subitem energia elétrica residencial, com aumento de 4,59% e impacto de 0,18 p.p no índice geral. “O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto”, explica o gerente do IPCA/INPC, André Almeida. 

Destacam-se, ainda, as altas de Saúde e cuidados pessoais (0,58% e 0,08 p.p) e Transportes (0,34% e 0,07 p.p).

Comportamento dos setores no IPCA de agosto

Entre as maiores quedas, o grupo Alimentação e bebidas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-0,85% e -0,18 p.p.).

“No destaque por subitem, temos o leite longa vida, frango e carnes. Como imaginávamos, as sucessivas quedas na arroba do boi passaram a ser refletidas no IPCA, e provocou queda nos preços ao consumidor. Outro destaque positivo, na minha opinião, foi o setor de serviços que segue desacelerando e isso reforça as apostas de um corte maior na SELIC até o fim do ano de 2023”, acrescentou Andre Fernandes.

Confira a seguir o resultado dos nove grupos que compõem o IPCA:

INPC de agosto

Além do IPCA, o IBGE também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O indicador registrou uma alta de 0,20% em agosto, acima da variação de julho (-0,09%).

No acumulado anual, o INPC sobe 2,80% e no comparativo dos últimos 12 meses, o índice sobe 4,06%, acima dos 3,53% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2022, a taxa foi de -0,31%.

Os produtos alimentícios baixaram 0,91% em agosto, após queda de 0,59% em julho. Nos produtos não alimentícios, foi registrada alta de 0,56%, acima do resultado de 0,07% observado em julho.

Na análise regional, a queda nos preços foi observadas em duas áreas, sendo o menor resultado em Belo Horizonte (-0,24%), e o maior, em Belém (0,74%).

A seguir, é possível comparar os últimos dados do IPCA desde o mês de janeiro. Confira:

MÊSRESULTADO
Março/240,16%
Fevereiro/240,83%
Janeiro/20240,42%
Dezembro/20230,56%
Novembro/230,28%
Outubro/230,24%
Setembro/230,26%
Agosto/230,23%
Julho/230,12%
Junho/230,08%
Maio/230,23%
Abril/230,61%
Março/230,71%
Fevereiro/230,84%
Janeiro/230,53%

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