Investimentos caem 27,5% em abril, pior queda na série histórica do Ipea

O volume de investimentos na economia brasileira registraram uma queda de 27,5% em abril, na comparação mensal, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) divulgados nesta segunda-feira (8).

Abril foi o primeiro mês completo de isolamento social no País para frear o avanço do novo coronavírus. Nesse sentido, conforme aponta o Ipea, os investimentos sofreram forte impacto da pandemia e anotaram a pior baixa já registrada série histórica iniciada em 1996.

Os número para o mês passado levaram o indicador do Instituto, Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), de volta ao patamar registrado no ano de 2003 no Brasil.

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O tombo, na comparação com o mesmo período de 2019, foi de 32,8%. Os investimentos no Brasil já haviam apresentado um recuo de 11,3% no mês de março, ante fevereiro anterior.

O indicador mede os investimentos em máquinas, equipamentos, construção e pesquisa no País. A FBCF registrou uma alta de 3,1%, no Produto Interno Bruto (PIB), que revelou uma retração de 1,5%. O resultado, no entanto, refletiu o efeito da contabilização da importação de plataformas de petróleo.

Brasil acumula queda de 5,2% nos investimentos em 2020

De acordo com o dados do Ipea, a economia brasileira acumula uma baixa de 5,2% nos investimentos deste ano. Nos últimos 12 meses, por outro lado, o fluxo ainda está positivo em 0,2%.

Segundo a instituição, houve um encolhimento de 39,4% no consumo aparente de máquinas e equipamentos, que contempla a produção nacional e as importações. A parte comprada internamente caiu 43,4%, ao tempo que os importados registram queda de 27,6%.

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A construção civil, por sua vez, recuou 19,6% entre abril e março, ao mesmo tempo que outros ativos fixos, como pesquisa e desenvolvimento, propriedade intelectual, lavouras permanentes e gado de reprodução, tiveram resultado negativo de 15% no período.

A queda nos investimentos registrada em abril foi mais acentuada do que a observada em março, quando a FBCF recuou 11,3% na relação mês a mês. Dessa maneira, o trimestre encerrado em abril apresentou um saldo negativo de 11% ante mesmo período imediatamente anterior.

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Arthur Guimarães

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