Inter&Co (INBR32) lucra R$ 315 milhões no 2T25 e bate recorde histórico

Inter&Co (INBR32), holding que controla o Banco Inter e a fintech Inter&Co Payments, divulgou nesta quarta-feira (6) os resultados do segundo trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 315 milhões — o maior já registrado pela companhia. O montante representa um crescimento de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pela expansão da carteira de crédito e pelo avanço das receitas com produtos de maior rentabilidade, como FGTS e Home Equity.

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O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) subiu para 13,9%, com crescimento de 4,1 pontos percentuais em 12 meses. O bom desempenho foi sustentado por uma carteira de crédito de R$ 40,2 bilhões — alta de 22% a/a — puxada pelas linhas de FGTS e Home Equity, que cresceram 42% e 38%, respectivamente. A receita bruta alcançou R$ 3,6 bilhões, enquanto a líquida superou os R$ 2 bilhões no período.

Consignado privado e crescimento de base marcam trimestre do INBR32

A nova carteira de consignado privado digital somou R$ 728 milhões e já representa mais de 10% das novas concessões realizadas no trimestre. Segundo a companhia, cerca de 70% das originações foram feitas com clientes já da base, e o produto tem forte aderência ao perfil de risco do banco, por ser colateralizado e 100% digital.

No trimestre, a base de clientes totais chegou a 40 milhões em agosto, com 1,1 milhão de novos clientes ativos adicionados. A taxa de ativação subiu para 57,7%, enquanto o número de logins diários no app atingiu 18,6 milhões. A margem líquida por cliente chegou a R$ 19,1, com o ARPAC em R$ 53,7 e o custo de servir (CTS) estável em R$ 13,1.

O CEO global João Vitor Menin comentou os resultados no release da companhia: “Trimestre após trimestre, avançamos em direção à nossa visão de construir uma plataforma completa para atender às necessidades financeiras de nossos clientes.”

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Ainda segundo Menin: “Apesar de um ambiente macroeconômico desafiador, nossa perspectiva para o restante de 2025 continua forte. Estamos confiantes de que este será um ano decisivo para avançar em nossos objetivos estratégicos de alcançar 60 milhões de clientes, uma eficiência operacional de 30% e ROE de 30% até 2027.”

De acordo com relatório do BTG Pactual publicado nesta quarta-feira (6), o lucro líquido de R$ 315 milhões e o ROE de 13,9% vieram ligeiramente abaixo do consenso, mas os fundamentos permanecem sólidos: “Mesmo com essa entrega forte, a ação subiu ‘apenas’ 30% desde nossa redução de recomendação e continua negociando a múltiplos semelhantes. Em resumo, acreditamos que a assimetria voltou a ser favorável — e elevamos Inter para Compra”, escreveu a equipe de análise do banco.

O mesmo relatório destaca que a carteira de crédito cresceu 8% no trimestre e 22% a/a, superando estimativas, com destaque para consignado FGTS e imobiliário. O índice de inadimplência em 90 dias ficou em 4,2%, enquanto a taxa de inadimplência de 15 a 90 dias caiu para 3,7%.

O BTG também aponta que o INBR32 segue com expectativa de crescimento da carteira entre 25% e 30%, com expansão de margem e custo de risco sob controle.

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Maíra Telles

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