Insatisfação pode levar a nova greve dos caminhoneiros, diz associação

O nível de insatisfação dos caminhoneiros está muito grande. Pelo menos é o que afirma a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), uma das principais entidades do setor. Segundo ela, os ânimos podem gerar uma nova greve dos caminhoneiros, dando eco aos rumores surgidos no último fim de semana a respeito de uma paralisação no fim deste mês.

“São inúmeros telefonemas e mensagens de insatisfação com o atual piso mínimo de frete, bem como a falta de fiscalização para o seu cumprimento”, informou a Abcam, que afirma representar mais de 600 mil caminhoneiros autônomos em todo o País. “A entidade vem percebendo uma insatisfação muito grande da categoria, o que pode refletir em uma possível nova paralisação”.

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Antes de tomar qualquer decisão, no entanto, a associação diz esperar a divulgação de um estudo elaborado pelo Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (Esalq-Log), da Universidade de São Paulo (USP) sobre a tabela de frete criada no último governo, após a greve dos caminhoneiros que afetou o País por 11 dias em 2018.

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O governo federal está monitorando os grupos de WhatsApp nos quais os caminhoneiros estão articulando uma eventual nova paralisação. Segundo algumas lideranças dos caminhoneiros, o governo não teria cumprido os principais compromissos assumidos pelo governo do ex-presidente Michel Temer. Para tentar terminar a greve do ano passado, o Executivo tinha aceitado tabelar os fretes e reduzir o preço do diesel.

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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) está fazendo o monitoramento e detectou mensagens que falam em greve para o dia 30 de março.

Entretanto, as primeiras informações mostram como, no momento, o movimento não tenha a mesa força percebida no ano passado. No governo há temores de que os motoristas acabem se fortalecendo, levando a uma greve dos caminhoneiros com grande potencial, como a do ano passado.

Guilherme Caetano

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