Imóveis terão recorde de lançamentos e de vendas em 2021, diz Cbic

Os lançamentos de novos imóveis no Brasil subiram 7% no terceiro trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores. Apesar disso, as vendas caíram 11,2% no comparativo. Mas os lançamentos foram 13,6% maiores do que o mesmo período em 2020.

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Os números são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), que divulgou os dados dos imóveis no acumulado do ano nesta segunda (22). A entidade lembra que 2021 deve ser o ano de maior volume de vendas e lançamentos da história do mercado imobiliário.

Segundo a Cbic, os lançamentos de 171 mil unidades nos nove primeiros meses do ano representam uma alta de 37,6% sobre um ano antes, ao passo que as vendas de R$ 78,5 bilhões somam alta de 33,% no comparativo, apesar da retração do 3T21.

“Este ano vamos fechar com contratação de 350 mil, 400 mil novos empregos porque vendemos muito bem nos últimos meses, e já tínhamos aumentado 10% no ano passado. Mas o emprego de amanhã precisa da venda de hoje, e ela caiu”, disse o presidente da Cbic, José Carlos Martins, em entrevista coletiva.

Na fala, o presidente da entidade menciona a queda de o terceiro trimestre, e que também somaram baixa de 9,5% em relação ao terceiro trimestre de 2020.

A Cbic registrou uma “inflexão nas vendas”, que, segundo a entidade, foi influenciada fortemente pela alta de custos de produção, o que não foi acompanhado pelos ajustes de limites máximos de preços do programa Casa Verde e Amarela, do Governo Federal.

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Até então, o programa estatal – que foi lançado em agosto de 2020 – representava a maior parte das vendas de unidades do país.

O comunicado da Cbic destaca que os ajustes recentes no programa vão ter efeito somente a partir do quarto trimestre deste ano.

A entidade também informou que a inflação dos materiais de construção medida pelo INCC “indica que teremos aumentos de preços [de imóveis] nos próximos trimestres”.

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Inflação para construção de imóveis desacelera junto com IGP-M

Os custos medidos pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) tiveram uma alta 0,16% em outubro e atingiram o valor de R$ 1.059,68/m², segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Sinapi totalizou taxas de 3,14% no ano e de 3,75% no período de 12 meses. Os materiais da construção tiveram alta de 0,20%, passando a custar R$ 540,58 por m². Já a mão de obra, que aumentou 0,12%, representou R$ 519,10 do valor total do m².

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O Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou inflação de 0,80% em outubro deste ano – ficando acima dos 0,56% do mês anterior, mas inferior ao 1,69% de outubro do ano passado.

Com essa alta do INCC, o indicador acumula taxas de inflação de 12,88% no ano e de 15,35% em 12 meses, de acordo com a FGV.

Ainda na última quinta (18), a FGV também divulgou a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) para o mês de novembro, com 0,76% ante queda de 0,03% em igual prévia em outubro.

Em outubro, o índice, que é utilizado para reajustar aluguel de imóveis, teve alta de 0,64% após uma queda da mesma amplitude no mês anterior. Com a variação, o índice acumula alta de 16,74% no ano e de 21,73% em 12 meses. Em outubro de 2020, o índice havia subido 3,23% e acumulava alta de 20,93% em 12 meses.

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Eduardo Vargas

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