IFIX sobe puxado por dividendos, mas termina julho com queda acumulada de 1,36%
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O IFIX, principal índice do mercado de fundos imobiliários, voltou a subir nesta quinta-feira (31), puxado pelo movimento de investidores em busca dos dividendos de FIIs, mas fechou o mês de julho em queda de 1,36%. Desde janeiro o índice não fechava o mês com resultado negativo.

O índice de FIIs terminou o dia em 3.436,38 pontos, alta de 0,67% em relação à véspera e resultado mais alto desta semana. O avanço, porém, foi insuficiente para reverter uma queda que chegou a mais de 2% no acumulado do mês nesta quarta-feira (30), resultado mais baixo desde 11 de junho.
Durante o pregão, o mercado disparou logo na abertura, subindo mais de 0,50% e oscilando o tempo todo na casa dos 3.430 pontos. Um fôlego extra nos minutos finais levou o IFIX ao fechamento na máxima do dia, mas longe de alcançar os 3.483,77 pontos do encerramento de junho ou a máxima histórica, obtida em 4 de julho, de 3.495,42 pontos.
Data | IFIX | Variação do mês | Acumulado do ano |
31/01/2025 | 3.020,63 | -3,07% | -3,07% |
28/02/2025 | 3.121,48 | +3,34% | +0,17% |
31/03/2025 | 3.313,09 | +6,14% | +6,32% |
30/04/2025 | 3.412,71 | +3,01% | +9,52% |
30/05/2025 | 3.461,93 | +1,44% | +11,09% |
30/06/2025 | 3.483,77 | +0,63% | +11,79% |
31/07/2025 | 3.436,38 | -1,36% | +10,27% |
Para o mês de agosto, além de continuar lidando com o impacto da Selic a 15% e das tarifas de importação adotadas pelos EUA, o mercado de FIIs deve voltar a encarar a taxação de dividendos, definida pela Medida Provisória 1.363 para entrar em vigor a partir de 2026.
Com o fim do recesso parlamentar, na semana que vem, o assunto deve entrar na pauta do Congresso, já que a MP precisa ser votada até outubro para não perder a validade — “caducar”, como se diz no linguajar político. Como a reação inicial foi bastante negativa, inclusive entre deputados e senadores da base governista, é possível que o texto seja bastante modificado até ser enviado à votação final.
IFIX — resumo do dia 31/07/2025
- Fechamento: 3.436,38 pontos (+0,67%)
- Mínima: 3.413,64 (0,00%)
- Máxima: 3.436,38 (+0,67%)
- Acumulado da semana: -0,25%
- Acumulado do mês: -1,36%
- Acumulado do ano: +10,27%
TGAR11 se destaca entre altas; MXRF11 repete máxima
O TGAR11, fundo de mandato híbrido que anunciou dividendos de R$ 1,00 por cota após o pregão, se destacou entre as altas do dia, com valorização de 2,89% e fechamento a R$ 82,00. Mesmo assim, o FII fechou o mês com queda de 11,06%, depois de terminar negociado em 30 de junho a R$ 92,20. O preço atual tem mais de 25% de desconto em relação ao valor patrimonial por cota, de R$ 111,15.
Na outra ponta, o KORE11 teve uma das principais quedas do dia, de 1,460%, a R$ 73,12. O fundo de imóveis corporativos manteve a distribuição de R$ 1,25 por cota, como nos últimos meses, mas acumulou 12,23% de queda no mês e é negociado com desconto de mais de 30%.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Entre os FIIs de maior popularidade, o MXRF11 subiu 0,73%, a R$ 9,60, repetindo sua máxima do mês antes de anunciar mais uma vez dividendos de R$ 0,10 por cota. O CPTS11, que só divulga os proventos no dia 12, subiu 0,55%, a R$ 7,28.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção de um fundo imobiliário leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 FIIs, vale até o fim de agosto. Nesta sexta-feira (1), antes do primeiro pregão de agosto, a B3 divulgará a primeira prévia da carteira que servirá de referência de setembro a dezembro.