Ibovespa sobe após abrir em baixa e dólar recua depois de chegar em R$4,17

Após forte queda da bolsa brasileira e alta do dólar ontem, que chegou perto de seu recorde de cotação no fechamento, existe certa apreensão no mercado, devido ao cenário internacional e também as eleições presidenciais aqui no Brasil. O contrato futuro do Ibovespa com vencimento em outubro registrava queda de 0,18% no momento de abertura do mercado, mas agora já registra leve alta de 0,42%, para 76.995 pontos.

O dólar apresenta queda de 0,59%, cotado a R$4,126 após abrir com alta intensa, chegando a R$4,17. Como hoje é a última sessão do mês, a negociação na PTAX pode manter pressão sobre o dólar, enquanto investidores tentam avaliar a sensibilidade do Banco Central a um potencial desempenho abaixo do esperado para a moeda.

No exterior, as bolsas asiáticas caíram depois de comentários de que Donald Trump poderia aumentar as tarifas sobre os produtos chineses. De acordo com seus assessores, ele está pronto para intensificar a guerra comercial com a China e pode adotar tarifas sobre mais US$200 bilhões em importações chinesas assim que o período de consulta pública sobre o plano acabar na próxima semana, segundo a Bloomberg. Trump ainda criticou novamente a Organização Mundial do Comércio e disse que consideraria retirar os EUA da organização, caso eles “não a reformulem”.

Os índices futuros nos EUA recuam, também, devido às incertezas geradas pelos embates comerciais da administração americana. Espera-se que o acordo comercial norte-americano para substituir o Nafta, já fechado com o México, seja concluído com o Canadá hoje.

Vale manter os olhos sobre a Argentina, também, que encontra-se em crise agravada com a queda de quase 16% de sua moeda, ontem. O país é o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, e a alta do dólar pode preocupar ainda mais os humores domésticos de nossos vizinhos.

O petróleo, níquel e cobre operam em queda após o barril de petróleo WTI bater US$70 ontem.

 

Daniel Quandt

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