Grana na conta

Ibovespa opera em alta aos 107 mil pontos; BRF (BRFS3) e Minerva (BEEF3) sobem após confirmação da ‘doença da vaca louca’ no Pará

O Ibovespa opera em leve alta de 0,25%, aos 107.415 pontos, nesta quinta-feira (23), em ‘redução de danos’ após uma queda de quase 2% na véspera, o primeiro pregão da semana após o feriado de Carnaval.

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O Ibovespa hoje segue com os casos da doença da ‘vaca louca’ em foco, mantendo os frigoríficos na ponta negativa do índice.

A BRF (BRFS3), que abriu o pregão com forte queda, chegou a entrar em leilão, e agora volta a subir: 2,03%. A JBS (JBSS3), menos exposta no episódio do caso da vaca louca, valoriza 3,96%, cotada a R$ 18,62, e lidera altas na Bolsa. A Minerva (BEEF3), que ontem esteve entre as maiores quedas do Ibovespa, sobe 1,67%. A empresa divulga hoje seu balanço do 4T22.

A Minerva Foods, líder na exportação de carne bovina na América do Sul, diz que continuará atendendo a demanda chinesa pela proteína por meio das suas quatro subsidiárias, sendo uma forma de contornar as restrições recentes.

Nesta quinta (23), o embaixador da China Zhu Qingqiao elogiou a agilidade do Brasil no protocolo sanitário do caso da “vaca louca”.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o embaixador da China no Brasil conversaram na manhã desta quinta-feira, 23, sobre os protocolos adotados pelo País em relação a identificação de um caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença popularmente conhecida como “mal da vaca louca”, no Pará. A informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura em nota.

Segundo a pasta, o embaixador chinês destacou que “aprecia o fato de o Brasil ter cumprido prontamente o protocolo sanitário” assinado com o país, que prevê a suspensão imediata e temporária das exportações de carne bovina brasileira à China.

Zhu reforçou também, segundo o ministério, a intenção de promover a cooperação agrícola entre os países, já que a carne bovina brasileira é a principal origem do produto para atender os consumidores chineses.

As bolsas mundiais mostram otimismo em Wall Street, com altas de 0,3% no Dow Jones e 0,5% no S&P 500.

A Qualicorp (QUAL3) lidera quedas, com baixa de 3,37%.

A Petrobras (PETR4), que ontem caiou mais de 2,5%, ajuda na recuperação do Ibovespa, subindo 3,11%. a R$ 26.56.

As bolsas europeias fecharam o pregão desta quinta-feira, 23, com viés positivo, mas uma deterioração na reta final confirmou Londres a fechar no território negativo. Ações do setor de tecnologia foram o destaque da sessão, em dia marcado por balanços mistos e a confirmação da desaceleração do índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro em janeiro.

Em Londres, o FTSE 100, caiu 0,29% a 7.907,72 pontos. O papel da Anglo American esteve entre as principais perdas do mercado britânico, após a empresa informar que seu lucro caiu pela metade em 2022, fazendo com que sua ação caísse quase 2,5%. Por outro lado, Rolls-Royce saltou mais de 22%, depois que a montadora anunciou um plano de revisão estratégica.

Nas commodities, o petróleo Brent sobe 1% a US$ 81. O minério de ferro, por sua vez, caiu 0,5% a US$ 131,79 em Dalian.

Nos indicadores, o mercado segue nas expectativas para a divulgação do PIB dos EUA e dos pedidos iniciais de seguro-desemprego, que saem ambos às 10h30.

Os contratos futuros do dólar mostram alta de 0,20% a R$ 5,161.

Notícias que movimentam a Bolsa de Valores hoje

  • Brasil suspende exportações de carne bovina para China
  • Marisa mapeia lojas para fechar e faz reestruturação
  • Arezzo (ARZZ3) tem compra de R$ 103,8 milhões aprovada

Impacto da vaca louca

O Governo Federal suspendeu as exportações de carne bovina para a China a partir de quinta (23). O movimento ocorre após a confirmação de um caso de encefalopatia espogiforme bovina, doença conhecida como mal da “vaca louca”, no Pará.

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“No entanto, o diálogo com as autoridades está sendo intensificado para demonstrar todas as informações e o pronto restabelecimento do comércio da carne brasileira“, afirmou o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em comunicado à imprensa.

O diagnóstico de “vaca louca” já havia sido confirmado pela Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepara). O animal macho tinha nove anos e estava em uma pequena propriedade em Marabá (PA).

“O serviço veterinário oficial brasileiro está realizando a investigação epidemiológica que poderá ser continuada ou encerrada de acordo com o resultado”, ressaltou a pasta no comunicado.

Marisa ensaia reestruturação

Enquanto enfrenta uma crise financeira e tenta renegociar dívidas avaliadas em R$ 600 milhões, a Marisa (AMAR3) estuda fechar lojas pelo País.

João Pinheiro Nogueira Batista, novo CEO da varejista de moda, disse nesta quinta (23) que “não faz sentido uma empresa com alta margem ter prejuízo”.

A gestão invariavelmente fechará algumas das suas 344 unidades, dada a dinâmica de custos.

Além disso a empresa promove uma ‘dança das cadeiras’ mudando cargos da sua diretoria.

O executivo Alberto Kohn de Penhas assumiu a posição de chefe de operações da Marisa. Kohn havia sido escolhido como presidente interino da companhia após a renúncia de Adalberto Pereira Santos, CEO da empresa até o início de fevereiro.

A empresa, fora do Ibovespa, vê suas ações subirem cerca de 2,6% durante a abertura de mercado.

Aquisição feita pela Arezzo é aprovada

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da Calçados Vicenza pela Arezzo (ARZZ3). A atualização do negócio foi informada ao mercado nesta quarta (22). A operação foi anunciada em janeiro e custou R$ 103,8 milhões.

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“A companhia esclarece que, caso não haja qualquer manifestação do Tribunal do Cade ou de um eventual terceiro interessado no período, em 10 de março de 2023 será publicada certidão atestando o trânsito em julgado da referida decisão, que será então considerada definitiva”, ressaltou a empresa de moda em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Maiores altas do Ibovespa

  • NTCO3: +4,3%
  • YDUQ3: + 1,4%
  • MGLU3: +1,7%
  • VIIA3: +1,4%
  • CVCB3: +1,4%

Maiores baixas do Ibovespa

  • BRFS3: -1,7%
  • CIEL3: -1,2%
  • TIMS3: -0,9%
  • HAPV3: -0,8%
  • EGIE3: -0,8%

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou o pregão da quarta-feira (22) em queda de 1,85%, a 107.152 pontos.

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Eduardo Vargas

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