Marisa (AMAR3): ações caem após renúncia de CEO e contratação de empresas para renegociar dívidas

As ações da Marisa (AMAR3) operam em queda durante o pregão desta quarta (8). O movimento negativo ocorre após a empresa anunciar a renúncia do então diretor-presidente e a contratação de empresas que ajudarão a renegociar dívidas e reestruturar custos.

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No Ibovespa hoje, as ações fecharam em queda de 6,19%, a R$ 1,06.

De acordo com o mapeamento do Status Invest, nos últimos doze meses, as ações da Marisa apresentaram uma desvalorização de 65,62%. Em fevereiro, a queda já chega a 19,85%.

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Crise na Marisa

Em fato relevante divulgado ao mercado na noite de terça (7), a Marisa informou que recebeu a renúncia do diretor-presidente Adalberto Pereira Santos e do membro do conselho de administração Marcelo Adriano Casarin.

Interinamente, o vice-presidente Comercial Alberto Kohn de Penhas assumirá a liderança do negócio enquanto o processo de seleção do novo Diretor Presidente segue em andamento.

No comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa detalhou a contratação das empresas que a ajudarão no processo de otimização financeira.

“A companhia contratou a BR Partners (BRBI11) para assessorá-la no processo de renegociação de seu endividamento financeiro e a Galeazzi Associados para apoiá-la no aperfeiçoamento da estrutura de custos”, ressaltou.

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Dono da Marisa é investigado pela CVM

Dono da Marisa, o empresário Márcio Goldfarb virou réu em um processo da CVM por supostamente ter comprado ações da companhia quando não podia.

De acordo com a coluna Capital, do jornal O Globo, a acusação da CVM diz que Goldfarb comprou ações da Marisa menos de quinze dias antes da divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2022, feito em 11 de maio.

De acordo com as regras do mercado de capitais, operações dentro desse prazo são vedadas para acionistas controladores, diretores e integrantes dos conselhos de administração e fiscal.

Documentos disponíveis na página de relações com investidores da Marisa informam que uma pessoa ligada ao grupo controlador adquiriu quase R$ 1 milhão em ações no dia 26 de abril, data limite da vedação prevista pela CVM. Porém, como é de praxe nesses casos, os dados não informam a identidade do comprador.

Márcio Goldfarb conta com 5,8% das ações da empresa, integra o Conselho de Administração e sua família controla a varejista de moda.

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Procurada pelo Suno Notícias, a varejista compartilhou um ofício enviado ao mercado no qual disse que prestou informações à CVM sobre o caso.

“A prestação de esclarecimentos e informações para a CVM sobre negociações realizadas por administradores em resposta a ofícios faz parte da rotina de uma companhia de capital aberto com ações admitidas à negociação em mercados organizados no Brasil e a companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre temas relevantes relacionados ao objeto deste Comunicado ao Mercado”, destacou a Marisa no comunicado.

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Erick Matheus Nery

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