Ibovespa fecha em queda de 0,08% de olho na cena política

O Ibovespa fechou quase estável nesta segunda-feira (25), com queda de 0,08% e 93.662,01  pontos. Na última sexta-feira (22) , o índice despencou 3,1% com as falas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que estaria abandonando a articulação da reforma da Previdência.

Nesta sessão, o Ibovespa variou bastante. A mínima foi registrada logo na abertura, com 93.103,15 pontos. Por volta do meio dia chegou ao seu pico, com 94.383,78 pontos.

Reforma da Previdência

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda (25), numa reunião com ministros, que é hora de construir uma relação pacífica com o Legislativo, principalmente com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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Segundo a Folha de S.Paulo, Bolsonaro se reuniu com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), Paulo Guedes (Economia) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Após um fim de semana de atritos com Maia, Jair Bolsonaro disse no encontro não ter interesse numa relação conflituosa.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou mais cedo que é possível acreditar que em “três ou quatro meses” a questão da reforma da Previdência estará resolvida.

“Precisamos de muita ajuda, todo mundo tem que ajudar. Da mesma forma que pediram ao presidente da Câmara, do Senado, pedimos a vocês que nos ajudem, que conversem com os deputados. A pauta é boa. Para em três ou quatro meses, o pior já ter passado”, afirmou.

Além disso, o ministro reconheceu que existe um problema de “comunicação” para a articulação política da reforma da Previdência. “Tenho certeza de que Congresso entende. Eventuais lideranças vão superar problemas de comunicação”, disse Guedes.

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Em entrevista à revista “Veja”, o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira afirmou que a reforma “não tem cinquenta votos” e que “nem o PSL (partido do presidente Jair Bolsonaro) vota 100% (na reforma)”. “Talvez o governo tenha sido amador por falta de experiência”, afirmou Pereira.

Ex-presidente Temer é solto

O ex-presidente Michel Temer foi liberado nesta segunda-feira (25) pela Justiça do Rio de Janeiro. A decisão foi do desembargador Antonio Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF2).

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Athié é relator do habeas corpus apresentado pelos advogados de Temer. Os defensores do ex-presidente da República contestam o decreto de prisão do juiz Marcelo Bretas.

O juiz da 7ª Vara Federal do Rio, responsável pela Operação Lava Jato, ordenou a prisão preventiva do ex-presidente na última quinta-feira (21).

Dados do Caged

O governo divulgou nesta segunda-feira (25) os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse foi o melhor resultado para o mês de fevereiro desde 2014.

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O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho informou que o resultado líquido de emprego do Caged foi positivo em 173.139 vagas em fevereiro. Em fevereiro de 2014 tinham sido criados 260.823 empregos formais.

Bolsas internacionais

  • Nasdaq (Estados Unidos): queda de 0,07%
  • FTSE 100 (Reino Unido): queda de 0,42%;
  • Nikkei (Japão): queda de 3,01%;
  • CAC40 (França): queda de 0,18%;

Ações em destaque

  • PETR4: alta de 1,26% (R$ 27,34)
  • VALE3: queda de 1% (R$ 49,55)
  • ITUB4: alta de 0,15% (R$ 33,60)
  • BBDC4: alta de 0,22% (R$ 41,35)

Maiores altas do Ibovespa

  • KROT3 alta de 3,13% (R$ 11,21)
  • CMIG4 alta de 2,61% (R$ 14,14)
  • ELET3 alta de 2,58% (R$ 34,60)
  • ESTC3 alta de 2,13% (R$ 26,38)

Maiores quedas do Ibovespa

  • CSAN3 queda de 3,78% (R$ 43,48)
  • CIEL3 queda de 3,52% (R$ 9,60)
  • NATU3 queda de 3,37% (R$ 40,10)
  • BTOW3 queda de 3,08% (R$ 41,19)
Renan Dantas

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