Ibovespa cai e tem em julho pior desempenho do ano; Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) seguem em baixa
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O Ibovespa encerrou o mês de julho com uma queda de 4,17%, sua maior perda desde dezembro de 2024 (-4,28%). Esse movimento interrompeu uma sequência positiva que havia impulsionado o índice para sua máxima histórica de 141 mil pontos em 4 de julho.
A virada no fluxo de investimentos estrangeiros, que passou a ser predominantemente de saída, foi acelerada pelas ameaças do governo Trump de impor tarifas de 50% sobre as importações brasileiras. Apesar de um alívio temporário com a lista de isenções de tarifas, que abrangeu produtos como aviões, minério e petróleo, itens como café e carnes continuam sem proteção, o que gerou mais incertezas.
Na última sessão de julho, o índice recuou 0,69%, fechando aos 133.071,05 pontos. Durante o dia, o Ibovespa oscilou entre 132.096,29 e 133.987,26 pontos, com um volume financeiro de R$ 21,3 bilhões. Na semana, a queda foi de 0,34%, enquanto no acumulado de 2024, o índice ainda sobe 10,63%.
Felipe Tavares, economista-chefe da BGC Liquidez, afirmou que vários fatores pesaram sobre o mercado, especialmente após um semestre positivo para o Ibovespa. “O fluxo de investimentos estrangeiros foi um fator importante. Contudo, o cenário fiscal e político ainda pesam nas expectativas do mercado”, destaca Tavares.
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) seguem em baixa, enquanto setores metálico e aéreo se destacam
No Ibovespa, Petrobras (PETR4) recuou 0,56% e Vale (VALE3) caiu 0,71%, refletindo a queda no preço do petróleo e minério de ferro. No entanto, o setor metálico se destacou, com CSN (ON) subindo 1,01% e Usiminas (PNA) avançando 5,80%. Embraer (EMBR3) também teve alta de 5,78%, impulsionada por resultados positivos. Já Marfrig (-10,20%), BRF (-5,65%) e Ambev (-5,25%) sofreram perdas significativas.
Dólar e juros sobem, cenário externo continua tenso
O dólar fechou o mês com leve alta, refletindo a valorização da moeda americana. Além disso, o mercado continua atento à alta nos juros futuros, que refletem a resiliência da economia brasileira e a expectativa de números fortes no payroll dos EUA.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Última cotação do Ibovespa
O Ibovespa encerrou as negociações da última quarta-feira (30) em alta de 0,95%, aos 133.989,74 pontos
