Ibovespa sobe e renova máxima histórica, perto dos 132 mil pontos; Braskem (BRKM5) lidera ganhos e Embraer (EMBR3) tem a maior queda

O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (19) em alta de 0,59%, renovando a máxima histórica de fechamento em 131.850,90 pontos. Na mínima, o índice chegou a 131.085,81 e na máxima, tocou 132.046,93 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 20,5 bilhões.

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O dia no Ibovespa hoje ficou marcado pela divulgação da ata do Copom, que afirmou que ainda há um longo caminho a percorrer para convergência da inflação à meta.

Mas o que impulsionou mesmo o índice foi a elevação do rating do Brasil, por parte da S&P, de BB- para BB, com perspectiva estável, citando a aprovação da reforma tributária.

Nos Estados Unidos, o dia também foi de alta, com os treasury yields em queda, refletindo a expectativa dos investidores em relação ao início dos cortes de juros por parte do Federal Reserve no ano que vem.

Confira como foi o fechamento dos mercado em NY:

  • Dow Jones: +0,68% a 37.557,98 pontos
  • S&P500: +0,59% a 4.768,38 pontos
  • Nasdaq: +0,66% a 15.003,22 pontos

O dólar à vista fechou em queda de 0,83%, a R$ 4,8639, após oscilar entre R$ 4,8979 e R$ 4,8527.

“O Ibovespa seguiu renovando máximas e mostrou força desde o início da sessão, mesmo diante da Ata do Copom mais hawkish. No meio da tarde a razão do movimento ficou mais clara, com a elevação do rating do Brasil pela S&P, que ainda deixou em aberto a possibilidade de nova melhora na nota caso as reformas ampliem o crescimento de longo prazo do país. A melhora do rating também refletiu na queda do dólar e dos juros futuros”, afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.

O petróleo teve nova alta nesta terça-feira, ainda repercutindo a tensão no Mar Vermelho. Nessa esteira, a Petrobras fechou no campo positivo: Petrobras ON (PETR3), com +0,66% a R$ 38,04 e Petrobras PN (PETR4), +1,14% a R$ 36,25.

A Vale (VALE3) avançou 0,70% a R$ 74,73, na contramão do minério de ferro, que fechou em queda nesta madrugada em Dalian, na China. Entre outros papéis do setor de mineração e siderurgia, CSN (CSNA3) subiu 0,92% a R$ 19,70 e Usiminas (USIM5) avançou 0,11% a R$ 8,86,

A Gerdau (GGBR4), por sua vez, teve o quarto pior desempenho do índice, com -2,46% a R$ 22,96, após o Itaú BBA rebaixar a recomendação para o papel.

Entre os bancos, a maior alta foi de Santander (SANB11), +0,92% a R$ 31,92. Na sequência vieram Banco do Brasil (BBAS3), +0,37% a R$ 54,85 e Itaú (ITUB4), +0,06% a R$ 32,91. O Bradesco (BBDC4) fechou estável a R$ 17,55.

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A maior alta da sessão ficou com Braskem (BRKM5), +7,15% a R$ 19,47, após a notícia de que o governo avalia um aumento da participação da Petrobras na empresa, a fim de facilitar a venda da petroquímica para investidores estrangeiros.

Dexco (DXCO3), +3,97% a R$ 8,38, e Raízen (RAIZ4), +3,37% a R$ 3,99, também estiveram na lista de maiores altas do Ibovespa.

Na ponta negativa, destaque principal para Embraer (EMBR3), que anunciou seu novo diretor de RI e fechou em queda de 2,74% a R$ 22,74. Na sequência veio o Pão de Açúcar (PCAR3), com -2,70% a R$ 3,96.

“Papéis do Pão de Açúcar parecem estar reagindo à queda das ações da Casino, detentora da empresa, na Bolsa de Paris. A controladora passou a cair após dizer que está em processo de negociação para vender quase todos os supermercados e hipermercados por cerca de 1,35 bilhão de euros”, diz o economista e planejador financeiro CFP Fabio Louzada.

Petz (PETZ3), -2,59% a R$ 3,76, ainda completou o top 3 de maiores quedas do Ibovespa.

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Guilherme Serrano Silva

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